Atentados coordenados deixam dois mortos e 12 feridos no Afeganistão

Ao menos dois policiais morreram e 12 pessoas ficaram feridas em dois atentados suicidas contra prédios oficiais e um tiroteio nesta quinta-feira, no leste do Afeganistão, informou a polícia.

Os ataques ocorreram na cidade de Khost, na Província homônima, quando dois homens-bomba detonaram explosivos no centro de inteligência da localidade e no departamento de combate às drogas, distantes apenas centenas de metros.

"O homem bomba conseguiu entrar no centro de inteligência porque estava usando um uniforme da agência", explicou o policial Guldad.

Segundo a polícia, nesse momento, um grupo de oito homens vestidos com uniformes do Exército iniciou um tiroteio no centro de inteligência.

As tropas afegãs e estrangeiras isolaram a área e ao menos um helicóptero das forças estrangeiras sobrevoa o local, disseram moradores. A polícia ainda não sabe se os soldados estrangeiros eram o alvo dos ataques coordenados.

Embora nenhum grupo tenha assumido a autoria dos ataques, os insurgentes do Taleban recorrem com freqüência aos ataques suicidas como forma de combate contra as tropas estrangeiras e os prédios oficiais, especialmente em suas áreas de maior presença, no leste e sul do Afeganistão.

Reagrupada em 2005, o grupo terrorista Al Qaeda e o Taleban realizaram uma série de ataques ousados neste anos, incluindo diversos na capital afegã, Cabul. Estes ataques incluíram a tentativa de assassinato contra o presidente Hamid Karzai durante uma parada militar, próxima ao seu palácio. Autoridades afiram que membros das forças de segurança ajudaram os insurgentes no incidente e em outros grandes ataques.

Somente neste ano, mais de 4.500 pessoas morreram vítimas da violência no Afeganistão. Este tem sido o período mais violento no país desde a chegada da coalizão liderada pelos americanos, em 2001, após os ataques terroristas de 11 de Setembro. O aumento da violência preocupa os afegãos sobre a estabilidade no país, mesmo com a promessa americana de aumento das tropas em ação no território.

EFE.

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