Ofensiva israelense deixa 57 civis mortos em Gaza, afirma ONU

A grande ofensiva aérea israelense contra o movimento radical islâmico Hamas, na faixa de Gaza, deixou ao menos 313 mortos, entre os quais 57 civis, afirmou nesta segunda-feira a ONU (Organização das Nações Unidas), citando dados obtidos de fontes médicas.

"Fizemos um levantamento de vítimas civis com fontes médicas. É de 57 mortos, entre eles 21 crianças, e pelo menos sete mulheres", afirmou à agência internacional de notícias France Presse, Christopher Gunness, porta-voz da UNRWA, a agência da ONU de ajuda aos refugiados palestinos.

Israel realiza desde sábado (27) uma grande ofensiva militar contra o Hamas em locais importantes para o grupo, como a Universidade Islâmica em Gaza, considerada um reduto do Hamas, um palácio de hóspedes usado pelo governo do do movimento e uma casa próxima à do seu do líder em Gaza, Ismail Haniyeh, em um campo de refugiados.

A ofensiva, segundo Israel, é uma resposta ao lançamento de foguetes por parte do Hamas e à violação da trégua na região, que acabou oficialmente no último dia 19.

Segundo o último balanço fornecido pelo chefe dos serviços de emergência na faixa de Gaza, Muawiya Hasanein, os ataques aéreos israelenses, iniciados sábado, deixaram ainda 1.420 feridos.

Acasos

Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, lamentou a morte de civis nos ataques israelenses, "embora não sejam numerosas". "Não queremos atacar mulheres, crianças, homens; e não impedimos a ajuda humanitária", afirmou.

Contudo, ele reiterou que Israel está comprometido em "uma guerra sem tréguas" contra o Hamas na faixa de Gaza.

Ele disse ainda que a ofensiva é uma retaliação aos ataques "deliberados" de foguetes contra o território israelense. "A contenção que temos observado é uma fonte de força. Lutamos com uma vantagem moral. Eles disparam contra civis deliberadamente. Nós encurralamos os terroristas e evitamos, na medida do possível, atingir civis quando a gente do Hamas atua e se esconde intencionalmente em meio à população", afirmou o ministro, sobre a ofensiva que está sendo duramente criticada pela comunidade internacional.

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