Projetos que fazem a diferença

• Sergio Sestrem
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O engajamento de professores, direção e alunos da Escola de Educação Básica Dom Pio de Freitas vem transformando o dia a dia da instituição, que nesse ano completou 40 anos de atividades. Nos últimos três anos, uma verdadeira revolução está fazendo com que a escola seja referência no desenvolvimento de projetos educacionais.
As mudanças iniciaram depois da conquista do Prêmio Embraco de Ecologia em 2007. A partir disso o projeto foi envolvido na escola inteira. Os professores começaram a se movimentar, colocar em seu planejamento o trabalho interdisciplinar do projeto, envolvendo principalmente os alunos e a comunidade. Promovemos uma mudança de comportamento e atitude nos alunos para que nós conseguíssemos, além de fazer, manter esse projeto”, afirma a assistente técnico-pedagógica, Mary Elisabeth de Mello, coordenadora de projetos da instituição.

Além dos projetos que foram postos em prática, a valorização do ambiente escolar por parte dos alunos começou pela implementação de espaços onde eles tivessem a possibilidade de demonstrar seus talentos de forma interdisciplinar. “Observávamos que os alunos não estavam valorizando a escola e não gostavam do espaço. Hoje a realidade é outra, os alunos demonstram satisfação em estudar aqui”, resume a professora Giuvana Wenk dos Santos, presidente Associação de Pais e Professores, que em junho deste ano representou a escola para receber uma premiação nacional em Salvador.
Atualmente, até um atelier de arte e cultura está em construção, graças ao engajamento da comunidade e do Clube de Mães, que conseguiram produzir e vender cerca de 5.400 sacolas ecológicas.
“Cada professor tem se engajado com bastante ênfase para melhorar a qualidade do ensino e nós, que temos participado de tudo isso, estamos verificando que os alunos estão dando uma resposta muito positiva”, completa o presidente do Conselho Deliberativo, o professor Valdemar dos Passos Apolinário.

A diretora da escola Iria da Silva percebe as diferenças. “O professor que conserva a mesmice de trezentos anos atrás já não mantém o mesmo ritmo dentro da sala de aula, diferente do professor que inova, que participa dos projetos, que faz o aluno participar de uma maneira diferente e agradável. Se a gente quiser se atualizar tem que se engajar em novos projetos”, afirma.

Para comemorar as quatro décadas de ensino, a instituição também está produzindo um livro. “É uma tentativa não apenas do resgate da história da escola, mas também de registrar o bom momento que a escola está vivendo nesses últimos anos, através da elaboração de projetos, que são próprios da escola e também individuais de cada professor”, afirma o professor Valdemar dos Passos Apolinário, autor da publicação.
Na sua retrospectiva histórica, Valdemar preocupou-se não apenas em narrar os fatos relacionados ao surgimento da escola, mas em investigar estes fatos, contextualizando-os amplamente com o bairro e a própria cidade.

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