Roman Polanski quer que Justiça retire acusação de abuso sexual

O cineasta Roman Polanski, 75 anos, pediu na última terça-feira a um tribunal de Los Angeles que retire contra ele as acusações de abuso sexual feitas por uma menor há 30 anos, informou o jornal espanhol "El País".

Polanski fugiu dos Estados Unidos em 1978 depois de pagar fiança de US$ 2.500 e ter passado alguns meses na prisão acusado de violentar uma menina de 13 anos.

Desde então, ele tem vivido fora dos Estados Unidos com cidadania francesa.

Os advogados do diretor apresentaram um pedido para destituir o caso do Supremo Tribunal de Los Angeles tendo como base o documentário "Roman Polanski: Wanted e Desired" (2008).

O filme conta a história da detenção do diretor, examina o escândalo público, a tragédia particular de Polanski e os motivos que o levaram a fugir dos Estados Unidos. De acordo com os advogados, o documentário apontaria os erros cometidos pela Justiça americana na ocasião.

O longa-metragem apresenta uma visão favorável ao diretor. Em sua primeira versão, o filme afirma em um texto que um juiz de Los Angeles propôs a Polanski em 1997 retornar aos Estados Unidos para ser condenado, mas sem uma sentença à prisão. Segundo o documentário, a única condição imposta pelo juiz era que a audiência fosse exibida pela televisão.

O cineasta ainda é considerado um fugitivo da Justiça norte-americana. Ele não pôde pisar nos Estados Unidos nem mesmo quando ganhou o Oscar de melhor diretor em 2003 por "O Pianista".

O juiz nunca chegou a proferir a sentença deste caso, que poderia render até 50 anos de prisão ao diretor.

FOLHA ONLINE

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