Estudantes vão à Câmara para tentar barrar aumento

Depois do ex-secretário Trigo, manifestantes também pressionam vereadores para que prefeitura tenha controle sobre o transporte coletivo

Se Carlito Merss fechou as portas da prefeitura para os movimentos sociais contrariados com o aumento nas passagens de ônibus, a Câmara de Vereadores tem sido o local de ressonância da revolta da população que promete não sossegar enquanto o prefeito não revogar o aumento de 12,2% nas tarifas do transporte coletivo.

Na noite de quarta-feira (27), mais uma vez os manifestantes promoveram um grande barulho para pressionar os vereadores a assinar um documento exigindo da que a Câmara questione a prefeitura sobre a fiscalização do sistema. Caso os vereadores constatem não existir fiscalização, eles se comprometeriam a revogar o aumento.
“É uma carta que busca responsabilizar os vereadores colocando que é responsabilidade do poder público averiguar e fiscalizar o sistema de transporte da cidade”, disse da tribuna o líder do movimento, Willian Luiz da Conceição.

Ele lembra que há pouco mais de um mês, “o prefeito Carlito Merss e o seu secretário do Planejamento Eduardo Dalbosco se posicionaram e assumiram que a prefeitura hoje não tem condições algumas de fazer estudos técnicos das planilhas”.

“Se a prefeitura não possui ferramentas técnicas para que faça os estudos das planilhas sendo que o ex-secretario de Infraestrutura, Nelson Trigo, aos estudos que ele fez averiguou diversas irregularidades nas planilhas apresentadas pelas empresas. Nós estudantes e trabalhadores estamos aqui nesta casa para pedir de responsabilizar os vereadores”, completou.

Resistência vai continuar

“Os estudantes dessa cidade mostram há mais de 10 dias de forma exemplar sua resistência, sua revolta, contra esse aumento que se mostra mais uma vez, um aumento abusivo”.

“A ideia é encaminhar à mesa essa carta de compromisso”, afirmou o estudante..

Imediatamente após o discurso de Conceição, um barulho ensurdecedor tomou conta do plenário da Câmara. Em coro, os estudantes gritavam: “assina, assina”.

O presidente da Câmara, Sandro Silva, acatou a proposição, mas deixou a responsabilidade pelo recolhimento das assinaturas para o vereador Adilson Mariano (PT). Mariano recuou. Sandro então afirmou que iria encaminhar a proposição para o suporte legislativo da Câmara que fará uma analise mais profunda sobre a questão.

Tão logo Sandro Silva deu por encerrada a sessão, os estudantes retomaram sua exigência: “Assina, assina”, gritavam.

O vereador Adilson Mariano disse que não tinha conhecimento da iniciativa do movimento. “Eles vieram com a proposição, encaminharam à mesa, a mesa acatou e vai passar ao suporte”, afirmou.

Ele justificou não ficar responsável pela coleta das assinaturas porque “a mesa acatou e queria que eu me desgastasse para colher as assinaturas”.

Para o líder do governo na Câmara, Manoel Francisco Bento (PT), se os manifestantes tivessem apresentado a carta antecipadamente à bancada, com certeza ela já estaria assinada.

Mais casos de cobrança indevida nos ônibus

As empresas permissionárias do transporte coletivo Urbano de Joinville (Transtusa e Gidion) e a Passebus, empresa que emite, comercializa e controla a bilhetagem eletrônica, terão apenas um dia para resolver as cobranças indevidas de alguns usuários do sistema de transporte do município. De acordo com o tablóide A Notícia, a Passebus irá devolver R$ 7.341,35 aos passageiros lesados. Até a última segunda-feira, o número de pessoas que tiveram o valor cobrado indevidamente, correspondia a 7.346 passageiros.

Há cerca de 15 dias, surgiram reclamações apontando o erro na cobrança. Quatro dias antes do novo reajuste de 12,2% vigorar, a empresa já estava cobrando R$ 2,30 de alguns usuários, ao invés de R$ 2,05. Porém, um novo erro apareceu no inicio dessa semana. Passageiros que adquiriram passagens com o antigo preço e que teriam o direito de pagar a antiga tarifa até o fim dos créditos em seus cartões, também perceberam a cobrança de seus créditos.

A Passebus informou para a Prefeitura que a situação foi conseqüência da substituição do antigo sistema por outro programa. A mudança deverá ser concluída no fim do próximo mês. A Prefeitura não descartou a punição das empresas.

De suspeito a vítima

Uma história que mexeu com Joinville e deixou em pânico os moradores do município, e que dificilmente será esquecida pelos joinvilense. Sem dúvida, não há quem esqueça do caso do Maníaco da Bicicleta, marginal que estuprou várias mulheres na cidade e que foi preso em 4 de abril de 2002, quase 2 anos depois de cometer os crimes.

O caso foi elucidado pelo delegado da extinta Divisão de Investigações Criminais de Joinville (DIC), Marco Aurélio Marcucci. Os fantasmas do grosseiro erro policial voltam a povoar a memória dos envolvidos. No último dia 26, foram ouvidas as últimas testemunhas em uma audiência de instrução e julgamento no processo movido por Aluísio Plocharski.

Ele teve uma fotografia sua apresentada à imprensa como o Maníaco. São réus no processo, RBS Zero Hora Editora Jornalística S.A, a Rede Globo de Televisão e o Estado de Santa Catarina. O próximo passo do trâmite judicial deverá ser a sentença, que será proferida pelo juiz Renato Roberge, da 1º Vara da Fazenda Publica.

O verdadeiro responsável pelos estupros era o mecânico ferramenteiro Marlon Cristiano Duarte, 26 anos, que foi reconhecido por todas as vítimas. Porém, antes disso, no desespero em busca de um culpado, a polícia - em uma sucessão de erros desastrosos, - destruiu a dignidade e a intimidade da família humilde do jardineiro

Aluísio Plocharski, que mora em uma modesta casa no bairro Atiradores.

Na época, a Diretoria de Investigações Criminais (Deic) manipulou uma foto de Aluísio e distribuiu à imprensa em forma de retrato falado, fazendo com que o caso ganhasse as manchetes nacionais. A incompetência policial produziu uma dramática situação. Em questão de minutos um inocente rapaz passou a ser o maníaco procurado. Essa ação policial destruiu a vida do humilde jardineiro, que anos depois, ainda carrega graves seqüelas do episódio.

Em 2000, ocupavam os seguintes cargos na Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, Dirceu Silveira Junior, delegado da (Deic), atualmente Delegado Regional de Joinville, Mauricio José Eskudlark, diretor da Polícia Civil para o Interior e Litoral, atualmente chefe da Polícia Civil de Santa Catarina, e Paulo Cézar Ramos de Oliveira, ex-secretario de Estado da Justiça e Cidadania, agora promotor público em Joinville.

Precipitação e irresponsabilidade

No mesmo dia em que Aluísio assistiu horrorizado sua foto ser divulgada em nível nacional na Rede Globo de Televisão, ele já havia sido descartado como suspeito por não ter sido reconhecido pelas vítimas. Mesmo assim, o delegado Dirceu Silveira Junior, comandando a Deic e uma dezena de policiais fortemente armados invadiram a modesta casa dos Plocharski. Entretanto, segundo a mãe de Aluísio, os policiais não possuíam mandado. Dirceu Silveira pediu a dona Marli que seu filho saísse da casa, solicitação que foi negada por Marli. Diante da negativa, o delegado adentrou à residência e se dirigiu ao quarto de Aluísio, sempre acompanhado pela mãe do rapaz, que foi retirada pelos policiais a pedido de Dirceu. O jardineiro, que estava sentado em sua cama, viu suas coisas serem reviradas e bombardeado de perguntas do tipo; “Onde está a arma que você utilizou?”. Foi nesse momento que o delegado teria atendido a uma estranha ligação em seu celular. Na seqüência, preferiu a singela justificativa de que havia cometido um engano.

Aluísio foi arrastado ilegalmente à delegacia

O fim da pacata vida da família Plocharski teve início em uma sexta-feira, dia 27 de outubro de 2000. Por volta das 4 horas da tarde, Marli Plocharski, mãe de Aluísio, então com 53 anos, recebeu a visita de dois homens em um veículo branco. Eles solicitavam a presença de Aluísio, pois teriam um trabalho para o jardineiro. Ao serem informados que o filho de Marli não estava, disseram que voltariam mais tarde. Ao retornarem, horas depois, levaram Aluísio sob o pretexto de mostrar ao rapaz o local onde seria o suposto serviço a ser executado. Na verdade, eram policiais civis e como em um seqüestro, os dois policiais arrastaram o desavisado jardineiro até uma delegacia no bairro Boa Vista. Antes de irem à delegacia, fizeram várias paradas em locais desertos com intuito de intimidar Aluísio para forçá-lo a confessar um crime que não havia cometido. Chegando à delegacia, o jardineiro passou por mais intimidações, sofrendo inclusive ameaças de tortura. Aluísio Plocharski somente não permaneceu preso porque algumas vítimas foram chamadas e não o reconheceram como sendo o estuprador. No entanto, isso era apenas o começo de sua humilhação e exposição pública.

No dia 5 de novembro de 2000, a família Plocharski é novamente surpreendida com a foto do filho no programa dominical “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão. Aluísio afirma, que o retrato falado mostrado na televisão era idêntico a uma foto sua e que o identificava em uma carteirinha do Serviço Social da Indústria (Sesi). “Eles apenas acrescentaram um boné, o resto era tudo exatamente igual” comentou o jardineiro demonstrando nervosismo com o assunto.

Polícia não parou de errar

No dia 15 de novembro de 2000, Aluísio recebe outra visita indesejada. Era meia-noite, quando o diretor da Polícia Civil, Mauricio José Eskudlark, chega à casa do jardineiro acompanhado de uma policial. Sob o pretexto de conduzi-lo até a delegacia para uma nova acareação, Mauricio Eskudlark permaneceu na casa dos Plocharski até as 2 horas da madrugada. Desesperados, os pais de Aluísio se colocaram entre os policiais e o filho. “Eu disse que meu filho somente sairia de casa se nós fôssemos juntos”, conta Marli Plocharski.

Aluísio Plocharski, celebridade indesejada

Visivelmente transtornado, Aluísio Plocharski, o jardineiro que agora tem 37 anos, se sente extremamente desconfortável ao relembrar a humilhação a que foi submetido em decorrência do erro policial. O fato desestruturou tanto a família que o pai de Aluísio, o operário da construção civil, Ludovico Plocharski, tentou por duas vezes o suicídio e adquiriu o vício do álcool. Os erros da polícia no caso de Aluísio foram tão evidentes e incontestáveis que originaram duas dissertações de conclusão de curso. Uma no curso de bacharel em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo da Associação Educacional Luterana Bom Jesus/Ielusc, produzida por Salvador Tomaz da Costa Neto. A outra foi realizada por Marília Crispi de Moraes Maciel, no curso de mestrado em ciências da linguagem, na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).

Brasileiros economizaram R$ 10,9 bi com remédios genéricos em dez anos

A comercialização dos remédios genéricos, criada em 1999 pela Lei 9.787, com medicamentos a preços até 35% mais baratos em relação aos dos produtos de marca, permitiu, nesses dez anos, que os brasileiros economizassem R$ 10,9 bilhões na compra de remédios. A estimativa foi divulgada hoje (25) pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos).

O presidente da Pró-Genéricos, Odnir Finotti, disse que dos dez medicamentos mais receitados no país, oito são genéricos. “Representam 18,2% do mercado farmacêutico brasileiro”, informou.

Segundo Finotti, a Região Norte é a que menos consome os remédios genéricos por causa da falta de informação adequado sobre o medicamento. “Notamos que quanto mais longe dos grandes centros, menor é o consumo. Creditamos o fato à falta de informação”, afirmou.

Ele revelou ainda que existem genéricos para tratar 90% das doenças que mais acometem os brasileiros e que 89% deles são fabricados por laboratórios nacionais. De acordo com Finotti, os investimentos do setor têm sido crescentes. “A indústria de genéricos investiu, nestes dez anos, R$ 170 milhões. A previsão de investimentos até 2010 é de R$ 354 milhões”, disse.

Para Finotti, um dos desafios para a indústria dos genéricos na próxima década é o de luta pela diminuição da carga tributária. De acordo com o presidente da Pró-Genéricos, a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) sobre os genéricos precisa ser reduzido para que o preço ao consumidor também diminua. “Baixando a alíquota do ICMS , o preço do remédio também cai”, afirmou.

Produção de genéricos cresceu mais de 100% em dez anos

Estimular a oferta no mercado de remédios, melhorar a qualidade, além de reduzir os preços e facilitar o acesso da população aos tratamentos são as determinações da Lei dos Genéricos, criada em fevereiro de 1999.

Os objetivos apontados pelo Ministério da Saúde há exatamente dez anos parecem ter sido concretizados se os registros da indústria de genéricos forem levados em consideração.

A variedade de medicamentos genéricos e a quantidade de empresas farmacêuticas produtoras cresceram mais de 100% em relação ao ano em que começou essa produção, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos).

Já foram registrados 2,6 mil produtos genérico em farmácias, número que representa 18% do mercado. Doenças respiratórias, como a asma, serão os próximos alvos dos genéricos. Medicamentos para o tratamento da doença com preços mais acessíveis e com a mesma qualidade que os de marca logo estarão no mercado. “Estamos trabalhando com a possibilidade de a Anvisa criar a regulamentação de medicamentos, por exemplo, para asma. As chamadas bombinhas estão sendo criadas, assim como produtos para rinite alérgica, os sprays nasais”, afirma Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos.

Brasil não é mais o mesmo depois da Satiagraha, diz Protógenes

Sergio Sestrem
Especial para a Gazeta de Joinville

Logo que chegou ao anfiteatro do Ielusc para uma coletiva de imprensa, por volta das 17 horas da última segunda-feira (25), o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz foi presenteado com uma medalha de São Francisco dada por um integrante de uma ONG ambiental de Barra Velha.

“Carrega no bolso, se te derem um tiro, pelo menos protege”, disse o homem. Tranqüilo, o delegado afirmou ao seu admirador que sua mãe era devota do santo. “Ela era filha de escravos, contou. Sou neto de escravos”, ratificou Protógenes.

Segundo o homem que ofertou o adereço ao delegado, em certa ocasião, ao fotografar um incêndio em uma casa, avistou um metal brilhando, estava lá a medalha intacta.

“Faz um release pra mim. Quero publicar em meu blog”, pediu Protógenes.

Afastado da Polícia Federal, “por decisão unilateral”, nos últimos dias a rotina do delegado tem sido proferir palestras cujo tema principal recai sobre o tema corrupção e imprensa.

O motivo? Suas investigações abalaram os alicerces do poder. Foi Protógenes quem efetuou a prisão de Paulo Maluf, do contrabandista Law Kin Chong, de Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.

Ele também coordenou, em parceria com a Promotoria de São Paulo, as investigações do caso Corinthians/MSI , por evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Sua última megaoperação foi a Satiagraha, cujo desfecho foi a prisão do banqueiro Daniel Dantas.

Esta última operação, segundo Protógenes, revelou conexões suspeitas entre megaempresários e poderosos grupos de comunicação que levaram até a um embate entre membros do próprio Poder Judiciário.

À vontade e sem papas na língua, Protógenes disse, em Joinville, que o reultado das investigações “feitas para tentar desqualificá-lo” estão tendo efeito contrário. “Por onde eu tenho passado, sou recepcionado com essas manifestações carinhosas e ao mesmo tempo encorajadoras”, afirmou.

Ele comentou sobre o andamento da Operação Satiagraha, a criação da CPI da Petrobras e o papel da imprensa. Acompanhe trechos da entrevista.

Operação Satiagraha
Existe um Brasil antes e depois da Operação Satiagraha. Houve mudança de comportamento das pessoas, da própria sociedade, todos os segmentos do país, desde imprensa até movimentos sociais, em especial de instituições. Formou-se um grande debate público do que está acontecendo no Brasil, a respeito da contaminação do Estado Brasileiro, uma grande teia de corrupção que se alastrou e compromete todas as instituições.

Bilhões bloqueados
Essa operação veio a demonstrar as fragilidades dessas instituições. Isso atingiu até mesmo o alto escalão da República. De início, parece ser mais uma operação policial, mas não é. É um trabalho que resultou de forma benéfica para a sociedade brasileira e ao país, onde se descobriu grandes esquemas, um volume de recursos bloqueados de bilhões, jamais visto na história do país e até mesmo em alguns países do mundo não tem valores desta ordem bloqueados, valores estes que vão retornar ao país aos seus devidos lugares: educação, saúde, segurança pública.

A segunda fase
Isso aí é o saldo que tem na Operação Satiagraha. Os trabalhos seguem. Com relação a tudo aquilo que foi levantado na primeira fase, inclusive com o indiciamento já ocorridos, que eu indiciei o banqueiro Daniel Dantas por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e formação de quadrilha. Isso é o resultado da busca e apreensão que eu organizei no dia 8 de junho e veio o resultado da conclusão dessa segunda fase.

Perseguição
Tudo isso resultou numa perseguição interna implacável, jamais vista na história policial brasileira, onde se instaurou mais um procedimento administrativo tentando desqualificar um trabalho até a presente data irrefutável. Ou seja, os investigadores passaram a ser investigados de uma hora para outra e resistimos a esse poder avassalador e por decisão também unilateral, logo próxima a CPI, um dia depois de eu prestar depoimento. Foi o primeiro instrumento do Estado a tentar pressionar o trabalho da Satiagraha.

O afastamento da PF
A própria CPI, que era para tentar me desqualificar, prender e humilhar, não conseguiu, e aí prosseguiram na escalada com o meu afastamento unilateral por instauração de um procedimento administrativo com fatos (pronunciamento em campanha eleitoral) supostamente ocorridos em setembro do ano passado. Eles instauraram um procedimento em abril próximo ao desenvolvimento da CPI, um dia depois do meu depoimento. Pelo comportamento, podemos identificar as pessoas responsáveis por esse ato.

Sobre as denúncias do MPF
Eu tomei conhecimento da denúncia do Ministério Público pela imprensa. Já são duas investigações: Uma era apurar possíveis irregularidades na Operação Satiagraha e ela ocorreu de uma forma célere jamais vista na Polícia Federal e sofri até busca e apreensão, eu e meus familiares, por conta dessa investigação, que era pra buscar até o tal grampo clandestino do Gilmar Mendes. E não acharam grampo clandestino nenhum e o que acharam serviu para fazer o que eles fizeram. Foi um indiciamento abusivo e com base em um aparelho telefônico que não me pertence e é usado por mais de 300 policiais. A outra violação seria por conta de um suposto favorecimento a jornalistas, o que de fato nunca houve.

CPI da Petrobras
Eu fui o primeiro a descobrir um caso de espionagem na Petrobras, isso em 2008. Um mafioso russo entra no país de forma obscura, acobertado por altas autoridades da República, ministros inclusive, faz contratos, tenta se apoderar do maior clube em torcida (Corinthians), faz os contatos na saída eu o detenho no aeroporto internacional de Guarulhos. Quando eu abro a mala dele, encontro cheia de segredos da Petrobras, inclusive cartão de ministros. E ele ainda me disse que veio aqui pra ser dono da Petrobras. Tinha até deputado acompanhando. Eu falei: “Você não é deputado, você é um traidor da Pátria.”

Não levou nada
Essa é a situação que chegou o país. Aí se instala uma CPI da Petrobras para investigar corrupção. Que corrupção? Tem algo maior nessa historia. Eu peguei um criminoso, mafioso dizendo que ia ser dono do petróleo brasileiro. “Não vai levar não, rapaz, daqui você não vai sair não”. E não levou, o sujeito ficou preso mesmo e os documentos da Petrobras ficaram no país. A que ponto o Brasil chegou.

Filiação partidária
São notícias plantadas, isso vai ocorrer até 2010, mas o Protógenes vai navegar nessas águas turvas e sendo alvo de fofoca, de criação de escândalo fabricado. Recentemente, houve um boato que eu tinha me filiado ao PDT. Então me exibam a ficha de filiação. São notícias para confundir a opinião publica e antecipar um processo que é proibido por lei inclusive.

A grande mídia
Ela tem que criar notícias para vender e confundir a opinião publica para alguns interesses escusos, ela vive os últimos dias de Pompéia, porque agora nós universalizamos a informação. Com o acesso à internet, então, ninguém se engana mais. O segundo ponto é que a grande mídia está na mão de pessoas poderosas e isso é grave.

Papel da Imprensa
Depois da Satiagraha, com tudo que houve, que lado que nós vamos? Que imprensa nós queremos? Que tipo de informação nós vamos produzir para população para não perdermos a credibilidade? Então esse é um papel difícil, porque nós temos que discutir uma lei. Será que essa lei vai ser produzida por jornalistas ou por grandes grupos? Já vi até editorial sendo vendido, matéria paga, então, nem se fala.

Saiba mais
A origem do termo Satiagraha Em sânscrito, Satya significa “verdade”. Já agraha quer dizer “firmeza”. Desta forma, Satyagraha é a “firmeza na verdade”, ou “firmeza da verdade”.

EDITORIAL: Igualzinho (parte II)

Para justificar o aumento de 12,2% nas passagens de ônibus, Calito declarou que não estava entendendo a revolta do povo já que, segundo ele, estava fazendo exatamente igual ao que o ex-prefeito Tebaldi sempre fez.

Parece que o prefeito não entendeu mesmo.

Pensou que poderia fazer igual ao Tebaldi e ninguém iria reclamar.

Pensou que as pessoas não lembrariam dos programas eleitorais onde prometeu que iria baixar as passagens usando subsídios da Prefeitura, da mesma forma que fazem os prefeitos Gilberto Kassab, de São Paulo, e Dario Berger, de Florianópolis.
Pensou que o deputado Kennedy Nunes poderia ser manipulado em troca de cargos na Prefeitura. No entanto, Kennedy preferiu romper com Carlito e ficar do lado da verdade e dos compromissos de campanha assumidos no segundo turno.

Pensou que o professor Nelson Trigo, ex-secretário da Seinfra, não denunciaria as ilegalidades que vêm de governos anteriores e que permitem, que a Prefeitura pratique um esquema escandaloso de não fiscalizar e não elaborar planilhas de controle do transporte coletivo.

Carlito esqueceu de um velho e sábio provérbio: “Um homem é correto até o dia em que deixa de ser”.

Fazer exatamente o que o ex-prefeito sempre fez não tira o atual prefeito da condição de ter agido de maneira ilegal. Carlito foi alertado pelo ex-secretário Trigo sobre uma grave ilegalidade e mesmo assim, desconsiderando os princípios da moralidade pública, fez o que o ex-prefeito sempre fazia.

FLAMENGO FAZ UM A ZERO NA MELHOR DE CINCO

Num jogo definido nos últimos 4 segundos e por apenas dois pontos, o Flamengo venceu o Ciser/Araldite/Univille/Joinville por 88 a 86, nesta terça-feira, na partida de abertura da série melhor-de-cinco do playoff semifinal do Novo Basquete Brasil (NBB). O ginásio Ivan Rodrigues, lotou para empurrar o time que brigou até o fim e proporcionou um excelente espetáculo diante do adversário rubro-negro. Os mandantes tiveram 19 pontos de Manteiguinha e mais 19 de Jefferson Sobral, além de 18 de Tiagão. Mas o Flamengo teve 32 pontos do cestinha Marcelinho Machado para abrir 1 a 0 na série que vale uma vaga na decisão da temporada.

Agora, o playoff muda para o Rio, onde as equipes farão as próximas duas partidas, sexta-feira e sábado, às 21h30, no ginásio do Tijuca Tênis Clube (com SporTV).

O cestinha Marcelinho Machado destacou a qualidade do confronto. "Foi um grande jogo, assim como têm sido todos no campeonato. Em uma semifinal não poderia ser diferente.”

Para o ala, mesmo tendo sido irregular ao longo da partida, o Flamengo conseguiu encontrar o equilíbrio no momento certo. "Apesar de não termos feito um bom primeiro tempo permanecemos no jogo, ficando apenas três pontos atrás. Também não começamos bem o segundo tempo, mas nos recuperamos e até conseguimos abrir uma pequena vantagem”, lembra Marcelinho. "No final, eles vieram para o tudo ou nada e conseguiram o empate, mas na hora de fechar tivemos tranquilidade para aproveitar os lances livres.”

Apesar do resultado, o técnico Alberto Bial ficou satisfeito com o comportamento do Ciser/Araldite/Univille/Joinville "que mostrou o poder de jogar de igual para igual com qualquer um na competição.” Observou que a vitória do tival não pode abalar a equipe para o confronto de sexta-feira. "A série só termina quando um time vence três jogos. Nem tudo está perdido.”

Para o pivô Shilton, que pegou 12 rebotes para o time mandante, a decisão nos últimos segundos não surpreende. "Foi o jogo que todos esperavam, tanto nós quanto eles. Uma partida decidida apenas nos últimos segundos, quando contou mais os detalhes. O importante é que conseguimos jogar em igualdade contra um adversário forte, atual campeão nacional.”

O Flamengo começou mal e marcou apenas dois pontos com quase quatro minutos de jogo. A 6min27 do fim da parcial o placar marcava 11 a 2 para o Ciser/Araldite/Univille/Joinville. O técnico Paulo Chupeta, do Flamengo, pediu tempo e o time voltou para equilibrar a partida, encostar por 20 a 20, a 27 segundos, e passar dois pontos: 20 a 22. O segundo quarto foi marcado pelo equilíbrio, do começo ao fim, com vitória do mandante por 26 a 21. O Ciser/Araldite/Univille/Joinville foi para o vestiário três pontos à frente: 46 a 43.

O equilíbrio prevaleceu no início do quarto, mas o Ciser/Araldite/Univille/Joinville cresceu na terceira parcial e chegou a abrir 10 pontos de vantagem: 57 a 47. Novamente, o técnico Paulo Chupeta, do Flamengo, parou o jogo e o time voltou a produzir. Com dois pontos de Marcelinho, que já somava 24 na partida até então, o time encostou e passou para vencer a parcial (16 a 21) e ir para o último quarto dois pontos à frente: 62 a 64.

No quarto tempo, o Flamengo chegou a abrir oito pontos (67 a 75) a 3min52 do fim. A 1 minuto o rubro-negro tinha a vantagem de três: 83 a 86. Com uma bola bem trabalhada Tiagão acertou um arremesso de três e empatou o jogo para Joinville por 86 a 86, com 8 segundos por jogar. A torcida vibrou muito. Uma falta em cima de Marcelinho, a 4 segundos de acabar, colocou o capitão rubro-negro na linha dos lances livres e o Flamengo dois pontos a frente: 86 a 88. O técnico Alberto Bial ainda tentou armar uma jogada para levar o jogo a prorrogação, mas Manteguinha errou o arremesso.

Médicos de Joinville realizam cirurgia plástica solidária

Na terça-feira, 26 de maio, cirurgiões plásticos de vários países estarão envolvidos no “Programa de Solidariedade Continental”, da Federação Ibero Latino-Americana de Cirurgia Plástica (Filacp). O objetivo é que cada médico membro titular da entidade faça uma cirurgia plástica reparadora gratuita. Joinville entra na rota do programa com o cirurgião Iberê Condeixa, que deve operar uma paciente com câncer de pele frontal.

A Filacp agrega mais de quatro mil cirurgiões plásticos, integrantes de 23 sociedades nacionais de cirurgia plástica da América Latina, Espanha e Portugal. A entidade abre inscrições para os associados e aqueles que se interessarem entram na maratona de solidariedade. Neste ano, serão realizadas cerca de 4.500 cirurgias, que representariam em um total aproximado de US$ 6,5 milhões. Setecentas cidades de 24 países participaram do projeto.

Os critérios para a escolha do paciente levam em conta a importância da patologia, os recursos financeiros da família, a dificuldade de acesso aos serviços públicos de saúde e a região na qual o paciente mora, que deve ser a mesma em que reside o cirurgião. A escolhida de Joinville tem 71 anos e passou por uma evolução significativa da doença em quatro anos. O procedimento contará também com a atuação do cirurgião plástico Romes João Ayub Filho e do neurocirurgião André Sanches. O procedimento se inicia às 7 horas e deve transcorrer durante cinco horas. “Ela estava na fila de espera para cirurgia no SUS e foi escolhida pela complexidade do caso e pelas dificuldades que encontraria para realizar o procedimento”, explica Iberê Condeixa.

Os profissionais não cobrarão honorários. O Centro Hospitalar da Unimed (CHU) cede a estrutura e o Serviço de Anestesiologia de Joinville (SAJ) entra com o trabalho dos anestesistas. Como reconhecimento, o coordenador da equipe, Iberê Condeixa, receberá um “Diploma de Cirurgião Plástico Distinguido da Filacp”. Os outros profissionais serão contemplados por um “Diploma de Honra ao Mérito por Serviços Prestados à Filacp” e o hospital ganhará um “Diploma de Excelência da Federação Ibero Latino-Americana de Cirurgia Plástica”.

Além de ajudar aqueles que não têm condições de realizar cirurgias plásticas, a Filacp tem por objetivo posicionar a instituição perante a sociedade, para fortalecer a cirurgia plástica como especialidade médica, que além de estética também é reparadora, informando aos meios de comunicação a existência de uma organização regional que agrupa cirurgiões plásticos preocupados com o bem-estar da comunidade.

27º Festival de Dança de Joinville - Um mosaico do que se produz em dança no País

De 15 a 25 de julho, cerca de 5 mil bailarinos, coreógrafos, professores e pesquisadores da dança se reúnem em Joinville para uma extensa programação artística e didática, colocando a cidade e Santa Catarina sob os holofotes do mundo da dança.

Clássico, contemporâneo, hip hop, jazz, sapateado, danças populares. Nas ruas, nos palcos convencionais ou em espaços alternativos, o 27º Festival de Dança de Joinville apresenta de 15 a 25 de julho um mosaico do que se produz e se ensina em dança, em suas mais variadas vertentes, no País e no exterior. São 11 dias de programação intensa, que inclui desde grandes espetáculos com companhias nacionais e internacionais, até cursos, oficinas, e workshops coreográficos, passando por apresentações e atividades gratuitas para a comunidade e uma mostra competitiva reunindo escolas e grupos de dança amadores de todo o País e do exterior.

A expectativa é reunir cerca de 5 mil participantes, proporcionando mais de 220 horas de espetáculos - dos quais pelo menos 170 horas gratuitas. Ao longo de 26 anos ininterruptos de realização, cerca de 95 mil participantes subiram aos palcos do Festival, fizeram sua história e contribuíram para que ele se consagrasse o maior do mundo em número de participantes, segundo o Guiness Book. O Festival também foi o trampolim inicial para a carreira de muitos jovens que vieram a se destacar no cenário da dança nacional e mundial. "O Festival de Dança já está consolidado como um grande evento internacional. A Fundação Cultural de Joinville entende que a cidade precisa olhar o evento além do palco, na área da economia da cultura - um gerador de emprego, renda - e como elemento importante na formação de profissionais na área cultural de Joinville", destaca o presidente da Fundação Cultural de Joinville, Silvestre Ferreira.

Desde sua primeira edição, em 1983, o Festival de Dança cresceu e amadureceu. E mudou de perfil. Se no início, a mostra competitiva era a parte mais evidente do evento, hoje a programação didática/pedagógica atrai a cada ano milhares de estudantes e profissionais da dança, que veem nos Cursos e Oficinas; Workshops Coreográficos e Seminários de Dança oportunidades ímpares de se aperfeiçoarem e sua arte. E o Festival ganhou o Encontro das Ruas, focado na cultura Hip Hop, e o Meia Ponta, uma mostra não-competitiva voltada para jovens entre 10 e 12 anos. A cada ano, estudantes e grupos trabalham durante o ano inteiro, tentando se superar e brilhar nos palcos do Festival de Dança de Joinville.

As atrações gratuitas, abertas à comunidade local também foram ampliadas e consolidadas. Hoje, além dos tradicionais Palcos Abertos, há o projeto Dança Comunidade (que chega à sétima edição), o Visitando os Bastidores, a Rua da Dança e a Feira da Sapatilha, um verdadeiro ponto de encontro entre os participantes do Festival e os moradores de Joinville e região.

Paralelo a isto,o Festival de Dança é permeado de grandes espetáculos,encenados por expoentes da dança no País e do exterior, nas Noites Especiais de Abertura e Gala e na Mostra Contemporânea de Dança. Com estas características, em 2009, o 27º Festival de Dança de Joinville apresenta um retrato da dança atual, contribui para o constante aprimoramento dos estudantes e profissionais da área e ajuda a aproximar ainda mais a comunidade local e o mundo da dança.

Carlito viaja a Brasília em busca de recursos para a Saúde

O prefeito de Joinville, Carlito Merss, espera definir nesta terça-feira (26/5) a liberação de R$ 3 milhões do Governo Federal para investimento imediato na área de saúde. Este recurso corresponde a liberação de emenda parlamentar apresentada por Carlito no ano passado, como deputado federal A definição ocorrerá na reunião do prefeito com o secretário de Relações Institucionais do Governo Federal, José Múcio Monteiro Filho.

Segundo Carlito, os R$ 3 milhões serão aplicados na Saúde, com prioridade para a aquisição de equipamentos para o PA 24 Horas do Aventureiro, e conclusão de obras e aquisição de equipamentos para o Posto Regional do Adhemar Garcia e Posto Regional do Floresta.

Na viagem a Brasília, o prefeito tem agendado outros compromissos: reunião com o secretário Nacional de Transporte, Luiz Carlos Bueno, para tratar do projeto Eixo Norte Sul; reunião do Comitê de Articulação Federativa (CAF); e Encontro da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

TRAFICANTE É PRESO COM 31 PEDRAS DE CRACK

Policiais Militares em rondas pela localidade conhecida como Vila da Oca, próximo a ponte, realizaram a abordagem a um veículo táxi, Gm/Vectra, placas AEI 6559, com duas mulheres, R.M.F (29) e R.M.F (20) e o taxista, J.B.L.L (52), que se encontravam em frente a uma residência, suspeita de comércio de tóxicos,na Estrada da Ilha – Distrito Industrial. Quando os policiais se aproximaram do veículo, o proprietário da residência, JOSE BURG (40), conhecido como “GORDO”, se encontrava no lado de fora do veículo e dispensou uma caixa de cigarros contendo 31 (trinta e uma) pedras de crack, sendo 10 (dez) pedras maiores e 21 (vinte e uma) menores, juntamente com várias moedas e cédulas (notas de R$ 10,00; R$ 5,00, R$ 2,00 e R$ 1,00) num total de aproximadamente R$ 50,00, sendo este preso em flagrante por comércio de tóxicos. Foi realizada busca pessoal nos envolvidos, sendo encontradas com uma das mulheres mais 02 (duas) pedras de crack. Na residência os policiais encontraram 01 (um) torrão de maconha. Todos os envolvidos foram entregues na Central de Polícia, juntamente com o veículo táxi.

Informações da Polícia Militar

POLICIAIS PRENDEM NOVE PESSOAS SUSPEITAS DE FURTOS NO IRIRIU

Policiais Militares realizaram a abordagem de dois homens suspeitos de terem praticado furto em uma residência na Rua Xaxim, de onde foram furtados vários produtos, entre eles, três pares de tênis, dois capacetes, um garrafão de vinho, e aproximadamente 4 kg de carne. Os dois suspeitos confessaram ter praticado o furto e indicaram a residência onde se encontravam os produtos do furto. Na residência, localizada na rua Toríbio Soares – Bairro Iririu, foram encontrados sete homens e uma mulher. Em um dos quartos da casa, foram encontradas algumas pedras de crack. O neto da vítima foi ao local e confirmou que a carne, um par de tênis que estava com um dos envolvidos e o tênis que a mulher usava foram furtados da residência. Com a mulher foi encontrada certa quantidade de maconha e crack. Todos os envolvidos: DEIVID JOSE CONCEIÇÃO (27); RUBENS NUNES (40); FABIO OLIVEIRA DE SOUZA (33) ALEX DA SILVA (23); SANDRO LOPES FLORA (36); JOSUE MARCEL FRANCO (28); ALEX MAX PETERSEN (24) CATIANE MARIA PAULO (24) e FERNANDES DE FREITAS (42) foram detidos e encaminhados para a Central de Polícia. Segundo informações do neto da vítima, seu avô, Sr. A.A.C (54), que tinha problemas cardíacos, passou mal e foi a óbito após o ocorrido.

As informações são da Polícia Militar

Exposição ensina sobre a Pré-história

“Na Era dos Dinossauros”, o primeiro museu itinerante do Brasil sobre a Pré-História, estará em Joinville, no Shopping Cidade das Flores, a partir do dia 30 de maio. Trata-se de uma exposição essencialmente educativa, mesmo assim apresenta muitos elementos de entretenimento e diversão para crianças, jovens e adultos. Estruturada em formato de museu itinerante, a mostra já percorreu, desde abril de 2005, 39 cidades de Norte a Sul do País.

Itens expostos – Sem limitar o tempo de permanência do visitante ou proibir fotos e filmagens em seu interior, a mostra apresenta dezenas de painéis contendo informações sobre a vida existente na Era Mesozóica; fósseis autênticos, alguns datados de, aproximadamente, 280 milhões de anos; raros exemplares de troncos de árvore fossilizados com cerca de 100 milhões de anos (nos quais é possível observar detalhes impressionantes, como nós e veios da madeira original); âmbares; réplicas de algumas espécies de dinossauros; réplica do crânio do Tyrannosaurus rex mais famoso do mundo (Sue); ovos dos gigantes da época, entre outros. Todas as informações apresentadas são validadas por profissionais da área - um paleobiólogo e um biólogo.

Única no Brasil - Uma das atrações da exposição é a réplica em tamanho real – única no Brasil da qual se tem notícia - do crânio da Sue, o Tyrannosaurus rex mais completo descoberto até hoje. A denominação do fóssil é uma homenagem à paleontóloga que o encontrou, Sue Hendrickson. Considerado um dos principais tesouros paleontológicos, a descoberta foi feita em uma reserva indígena em Dakota do Sul, EUA. O crânio original mede 1,5 m, pesa 272 Kg e está exposto – juntamente com o restante do esqueleto – no Museu Field de História Natural, em Chicago.

Exposição educativa - Um dos principais cuidados dos organizadores foi o de que ninguém que visitasse a mostra aprendesse algo errado. As réplicas de dinossauros obedecem criteriosamente à proporção de seus originais, assim como as dos insetos e dos fósseis pré-históricos. Cada uma das peças expostas é acompanhada por display contendo explicações sobre as mesmas. Além destas, painéis informativos colocados ao longo dos corredores do evento apresentam informações variadas e curiosas, como as cores dos dinossauros, suas vocalizações e algumas das mais recentes descobertas na área da Paleontologia.

Em exposição – Itens apresentados: réplica de Tyrannosaurus rex (com 5 metros de comprimento); Diplodocus carnegii (10 metros de comprimento); Compsognathus longipes; Velociraptor mongoliensis; Styracosaurus albertensis, Ophthalmosaurus icenicus; Archaeopteryx lithographica; réplica do crânio da Sue; dente e garra de T-rex; garra de Velociraptor; maxilar e vértebra de dinossauros; pata de Barionix; pata de Plateossauro; espinho da cauda de Estegossauro; amonite; insetos; âmbares; ninho de Protocerátopes fossilizado; fósseis; pegada de Galimimo; réplicas de embriões em ovos (Pterossauro, Ovirraptor, Titanossauro, Tiranossauro e Therizinossauro); painéis contendo textos explicativos, curiosidades e ilustrações coloridas e impactantes. O “som ambiente”, produzido em estúdio especializado, reproduz os ruídos de uma floresta jurássica e de animais pré-históricos.

Serviço

Período – De 30 de maio a 28 de junho

Local – Shopping Cidade das Flores

Endereço – Rua Mário Lobo, 106, Centro, Joinville/SC.

Horários – De segunda a sexta-feira das 14h às 22h, aos sábados das 10h às 22h e aos domingos e feriados das 12h às 20h.

Ingressos - R$ 10,00 para adultos e jovens acima de 12 anos. Crianças com até 12 anos, estudantes portadores de carteirinha e idosos com mais de 60 anos pagam meia-entrada (R$ 5,00).

Telefone / reservas – Escolas ou grupos que queiram agendar visitas podem entrar em contato pelo telefone (47) 9957-8637 e falar com Ricardo ou Dimas.

Brasil não investiu em formação profissional, diz secretário do MEC

O baixo índice de acesso dos trabalhadores desocupados a cursos de qualificação profissional, revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), reflete a falta de investimentos públicos no setor mas pode ser revertido com a expansão do ensino técnico prevista para os próximos anos. A avaliação é do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Eliezer Pacheco, que prevê a aplicação de R$ 2 bilhões até 2010 nos sistemas federal e estadual de educação profissionalizante.

De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 60% dos 8 milhões de trabalhadores que estavam desocupados em 2007 nunca tinham frequentado cursos de educação profissional, segmento que inclui aulas de qualificação para o trabalho, curso técnico de nível médio e graduação tecnológica.

“O Brasil historicamente não investiu em formação profissional. Não se acreditava que o país pudesse crescer a passos largos. Quando o Brasil começou a crescer percebeu-se a enorme falta de mão de obra. Mas é evidente que as políticas educacionais não dão resultados a curto prazo”, argumentou.

Pacheco acredita que a situação será revertida com a ampliação do acesso de estudantes a essa modalidade de ensino. Entre as medidas tomadas pelo MEC, segundo o secretário, estão a expansão da rede pública de escolas técnicas – tanto federais quanto estaduais, o fortalecimento do programa de educação profissional a distância e a parceria com o Sistema S para que até 2014 70% das vagas em cursos do Serviço Nacional do Comércio (Senac) e do Serviço Nacional da Indústria (Senai) sejam gratuitas. “É uma exigência que fizemos na medida em que o sistema é financiado com recursos públicos”, explicou.

Entre os estudantes, ocupados ou desempregados, que já frequentaram algum curso de educação profissional, a maioria matriculou-se em instituições particulares – 53,1% do total. Apenas 22,4% receberam a capacitação no ensino público e o restante passou pelo Sistema S (Senac, Sesi, Senai etc).

Na avaliação do secretário do MEC, a predominância do setor privado se deve à inclusão dos chamados cursos livres como educação profissional. “É difícil colocar na mesma pesquisa o ensino técnico [oferecido pelas instituições públicas] e a qualificação, que são pequenos cursos, que muitas vezes não formam. Isso é o que aumenta o percentual de participação das instituições privadas”, calcula.

Vida bandida: Quem é o menor acusado do assassinato no CIP

Os percalços do menor J.A.M., acusado de enforcar com um lençol o monitor Luciano Carlos de Oliveira, 43 anos, no interior do Centro de Internamento Provisório de Joinville (CIP), no dia 18 de abril desse ano, parecem que o acompanham desde os seus primeiros dias de vida. O menor nasceu no município de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e foi deixado pelos pais biológicos para adoção.

Quando completou 3 anos, a família Miers, de origem alemã e educação rígida, moradores do bairro Vila Nova, em Joinville, receberam uma ligação do Fórum de Joinville informando sobre uma criança que estaria disponível para adoção. O destino de J.A.M. ganhara nova expectativa quando foi entregue aos cuidados dos novos pais.

Um dos filhos biológicos do casal Miers, que prefere não se identificar, revelou que a adoção foi feita dentro da lei, e que todos os trâmites foram cumpridos. “Meus pais compareceram a todas às entrevistas com psicólogos, assistentes sociais e juiz”, disse. Entretanto, após abrigarem a criança em sua casa, a família não recebeu mais qualquer visita de acompanhamento.

Uma vida dentro de um tambor

Ele também revelou que quando J.A.M. chegou ao novo lar, o menor não conseguia andar. “Até os 3 anos de idade, JAM foi criado dentro de um tambor. Passava o dia brincando ali dentro. Assim que chegou, percebemos que ele não conseguia andar, pois, estava com as pernas atrofiadas. Somente conseguiu se locomover 1 ano depois”, contou o irmão adotivo.

A vida na casa seguiu normal até o novo filho atingir 6 anos de idade. Os primeiros sinais de sua inclinação para o crime começaram aparecer assim que o filho adotivo ingressou no jardim de infância. J.A.M. furtava pequenos objetos de casa e os levava consigo para a escola. Entre os delitos cometidos em sua infância também estão a depredação de bens públicos e violação de correspondências. O menor também ia muito mal nas séries iniciais. Passou no primeiro ano do ensino fundamental com sérias dificuldades e reprovou no segundo. No entanto, o irmão alega que com os pais adotivos ele mantinha respeito.

Desistindo da adoção

Quando completou 10 anos de idade e depois de causar muito transtorno, os pais adotivos resolveram devolver o menor J.A.M aos cuidados da Justiça. Porém, em determinadas datas como Natal, J.A.M. ligava e exigia presentes. No início desse ano, ele apareceu em companhia da namorada, a menor F.L.M.M., 16 anos, acusada de ter raptado um bebê na mesma semana em que J.A.M. supostamente assassinou Luciano.

Ele pediu ajuda alegando que sua namorada estava grávida. Comovidos com a situação, os pais adotivos permitiram que ele ficasse com F. na casa. Mas, os outros irmãos, ao tomarem conhecimento do fato, pediram que o menor fosse embora sob o argumento de que ele já havia recebido a chance de uma vida melhor e a havia desperdiçado. O menor foi embora, mas voltou a ligar pedindo dinheiro.

Certa noite, os pais receberam um telefonema de uma delegacia do município de Araquari. Os policiais queriam saber se eles eram mesmo os pais do menor. Os policiais informaram também que J.A.M. e sua namorada estavam presos por invadirem uma casa naquele município.

Nova chance

O irmão também conta que teve conhecimento de que o menor teve uma segunda chance ao ser adotado por outra família no centro da cidade. Mas o instinto de J.A.M. falou mais alto e seu comportamento fez com que a nova família também desistisse da adoção. J.A.M. chegou a participar de um projeto chamado Jovem Aprendiz, onde prestava serviço nas Centrais Eletricas de Santa Catarina (Celesc) e ganhava meio salário mínimo. A família Miers afirma desconhecer outros dois homicídios atribuídos a J.A.M.

Madrinha adotiva

Deibi Regina da Silva Cavalheiro, técnica em meio ambiente, 37 anos, realiza um trabalho social junto a um abrigo para menores. Por intermédio de outro menor, ela conheceu J.A.M.
A mulher conta que J.A.M. chegou a morar em sua casa. “A rotina dele era de idas e vindas entre o abrigo e minha casa. Porém, ele começou a aprontar e como castigo o proibi de vir à minha casa”, relatou Deibi.

Depois disso, a técnica alegou que perdeu o contato com o garoto. Entretanto, no dia 5 de fevereiro desse ano, o adolescente voltou a procurá-la. Dessa vez, o menor apareceu na companhia da menor F.L.M.M, 16 anos. Novamente J.A.M. solicitou à técnica abrigo em sua casa e contou que sua namorada estava grávida e o abrigo onde estavam os tinha separado.
Antes de permitir que o casal ficasse em sua casa, Deibi procurou o Fórum de Joinville. Lá, foi informada de que a adolescente já havia sofrido dois abortos e que o menor respondia a uma tentativa de homicídio ocasionada por uma briga.

De posse da guarda provisória, a técnica permitiu que o casal morasse em sua casa. Dias depois, os dois fugiram e Deibi foi ao Fórum pedir a baixa nos documentos da guarda provisória. Mas o menor voltou a ligar para ela em março, alegando que sua namorada seria transferida para o município gaúcho de Uruguaiana. “Eu disse a ele que o que eu podia fazer por eles eu já havia feito. Então, ele desligou o telefone na minha cara”.

Deibi conta que dias depois ela teve notícias de J.A.M pela TV. “Passaram alguns dias e eu soube que ele havia cometido um assalto contra um menor num shopping”. Sobre os outros homicídios cometidos por J.A.M, Deibi disse que não tinha conhecimento. “Eu fiquei muito abalada quando descobri que existiam esses homicídios praticados por ele. No dia 27 de fevereiro J.A.M completou 17 anos, e eu fiz um bolo pra ele aqui na minha casa. E ela, irá completar 17 anos no dia 15 de junho”.

Deibi também teceu criticas à falta de interesse do serviço de assistência social do Fórum de Joinville. Segundo ela, foi cometido um grande erro quando não a avisaram sobre os riscos na solicitação da adoção provisória. “Ele aparentemente não apresentava perigo, no entanto, demonstrava ser uma pessoa fria. Se no Fórum tivessem me alertado sobre os crimes, eu jamais teria posto meus filhos na convivência com uma pessoa dessa”. A técnica, bastante assustada, criticou o serviço social do Fórum. “Eu conheci ele através de assistentes sociais que trabalham no abrigo. Agora eu fico pensando: eles permitiram que a vida da minha família corresse um grande risco”.

Entenda o caso envolvendo o menor

No dia 18 de abril, o menor que era interno do CIP, ao ser levado até o banheiro pelo monitor Luciano Carlos de Oliveira, ataca o monitor e o enforca até a morte com um lençol. Na delegacia ele confessa o crime e é transferido para Florianópolis. No dia 6 de maio, em interrogatório a justiça, ele nega a autoria e diz que o homicídio foi praticado por um irmão, que invadiu o Centro de Internamento Provisório para resgatá-lo.

O caso também gerou polemica pelo fato de o monitor assassinado estar trabalhando sem qualquer tipo de treinamento. Ele foi admitido para a função pela Organização Não Governamental Opção de Vida. Luciano trabalhava sozinho naquela noite cuidando de 14 internos.

J.A.M. namorava a adolescente F.L.M.M., que também foi interna do CIP. Porém, na época ela já havia cumprido sua pena e liberada. A namorada foi autora do rapto de um bebê, ocorrido na manhã do dia 17 de abril. A atitude extrema da menor tinha como objetivo seu retorno para o CIP para ficar próxima do namorado. Cerca de 15 dias depois, o bebê é encontrado junto com a namorada de J.A.M. Ela admitiu que iria usar a criança como moeda de troca na obtenção de uma permissão para conversar com o namorado.

Ex-secretário Trigo exige fiscalização da Prefeitura

Segundo Trigo, desmantelamento da fiscalização do sistema de transporte contribui para manter a prefeitura na ilegalidade

A Prefeitura de Joinville nos governos de Luiz Henrique da Silveira e Marco Tebaldi deixou de cumprir com sua obrigação de fiscalizar e gerar dados próprios para controlar o sistema de transporte coletivo.

A lei que determina ser de responsabilidade do poder público, antes de conceder qualquer reajuste nas tarifas, gerar planilhas próprias com essa finalidade não está sendo observada. E pior, a Prefeitura autenticava as planilhas fornecidas pelas empresas concessionárias.

A situação foi revelada através de uma carta entregue pelo ex-secretário da Seinfra, Nelson Álvares Trigo, ao prefeito Carlito Merss, antes do prefeito assinar o aumento.

Durante quatro meses, Trigo avaliou todo o processo utilizado e afirmou que “não se pode desviar o foco das atenções para as planilhas fornecidas pelas empresas, quando o principal é a falta de fiscalização do sistema que é de inteira responsabilidade da Prefeitura”.

Na carta entregue ao prefeito, o ex-secretário condena de maneira veemente o esquema vigente: “O que eu fiz foi mostrar que só as empresas geram os números. A prefeitura, infelizmente, não. É preciso romper com este modelo”, frisou Trigo.

Outra constatação gravíssima revelada pelo professor Trigo mostra que ao longo dos últimos anos, a unidade de controle e fiscalização do transporte coletivo vinha sendo desmantelada. “Enquanto o sistema cresce, o número de fiscais diminuiu de aproximadamente 100 para os atuais 14, desrespeitando completamente a Lei Municipal 3806 de 16/10/98”.

Trigo inconformado

Mesmo depois de ter sido informado pelo ex-secretário Nelson Álvares Trigo das gravíssimas irregularidades que vinham desde as gestões anteriores, Carlito tomou uma atitude inesperada. Ao invés de romper com o modelo ilegal vigente, o prefeito fez igualzinho ao que o ex-prefeito sempre fazia.

Inconformado com a atitude do prefeito, Nelson Trigo renunciou em caráter irrevogável ao cargo de secretário de Infraestrutura.

Ao endossar com o esquema ilegal vigente, Carlito joga uma suspeição sobre todo o seu governo e demonstra fraqueza para enfrentar os grandes esquemas que prometeu combater.

Em 2003, Lula fiscalizou todos os contratos da gestão tucana

Em 2003, logo que assumiu o governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou R$ 6,8 bilhões de restos a pagar relativos aos convênios e contratos de emendas do Orçamento de 2002, para fazer um diagnóstico de obras e convênios assinados na gestão tucana, mas que não chegaram a sair do papel. Depois de praticamente um ano de fiscalização, só receberam recursos aqueles que estavam estritamente dentro da legalidade.

No início deste ano, o prefeito Carlito Merss reclamou ter herdado um rombo de R$ 100 milhões de reais de obras, de licitações e empenhos. Para gerenciar a pasta de maior orçamento do município, Carlito escolheu o professor Nelson Álvares Trigo, um dos profissionais de maior probidade e respeito na cidade.

Uma das espinhosas missões atribuídas ao novo secretário foi verificar a legalidade do reajuste que era concedido às empresas de ônibus. Ao se deparar com o fato da maior gravidade, em que a prefeitura e os governos anteriores não fiscalizavam o transporte coletivo, obrigação legal para aferir aumento, o ex-secretário Nelson Trigo denunciou o fato em carta ao prefeito.

Carlito não levou em consideração as denúncias de seu secretário e, diferentemente do presidente Lula quando assumiu o governo, foi às rádios para afirmar que fez “igualzinho ao que sempre foi feito”. Contra o aumento, o secretário Trigo resolveu sair do governo em caráter irrevogável há pouco mais de uma semana.

O ex-secretário da Infraestrutura Nelson Trigo justifica seu posicionamento frente à administração usando um exemplo simples. “Vamos supor que a prefeitura contrate uma empreiteira para pavimentar uma rua com asfalto que deve ter 5 cm de espessura”, comenta.

Obrigação

“Se a empreiteira apresenta uma nota com valor maior afirmando que a espessura do asfalto ficou com 8 cm, de nada vai adiantar ela me mostrar planilhas, datas, números e outros dados se eu não ir no local e fazer a medição”, continua o raciocínio.

“Aí eu pergunto: o controle foi feito pelo pessoal da Prefeitura? Se não como posso liberar o pagamento?”, questionou o ex-secretário.

“Essa é a obrigação da Prefeitura. Pagar ou conceder aumento sem fiscalização é ilegal. Imagina se como professor eu desse uma prova para o aluno corrigir. Estaria cometendo uma ilegalidade”, afirmou.

EDITORIAL: O retorno da alegria

Há quatro anos em Joinville, o técnico Alberto Bial começa a colher os frutos do trabalho feito. Chegou em 2005, com a missão de implantar na cidade um esporte pouco divulgado em nível de Brasil.

Quando em 2007, a prefeitura cortou a verba, que sustentava boa parte das despesas da equipe, Alberto Bial arregaçou as mangas e foi à luta.

Mesmo com propostas para dirigir outras equipes, Bial resolveu ficar e, numa declaração de amor à cidade, afirmou que Joinville é o lugar com que mais se identificou. Durante seis meses, buscou incansavelmente por recursos para viabilizar sua permanência e seu sonho de transformar o basquete de Joinville numa das maiores potências do Brasil.

Valeu a pena. Bial conseguiu resgatar o apoio da prefeitura e ainda trouxe para seu lado fortes apoiadores como Ciser, Brascola e a Univille, que foram decisivos para a decolagem de seu projeto.

Hoje, Alberto Bial tem um dos times mais fortes do país, tendo como segredo a profissionalização de vários setores e tratando o esporte não como uma brincadeira de final de semana, mas sim como uma responsabilidade de quem dirige uma empresa. Além do sucesso nas quadras, o basquete de Joinville cobriu um vazio no coração do torcedor de Joinville. Com os inúmeros insucessos do JEC nos gramados, a torcida, carente de esporte, viu no basquete a chance de resgatar a alegria de torcer.

Nesta terça (26), os joinvilenses vão lotar o ginásio Ivan Rodrigues. Mas não pra ver o Flamengo jogar. Vão para ver a alegria de Alberto Bial, a beleza dos toques de Manteguinha, as enterradas de Shilton e as “maluquices” de Sobral que encantaram Joinville.

O BIAL DE JOINVILLE, OU A JOINVILLE DE ALBERTO BIAL?

O técnico Alberto Bial chegou a Joinville em 2005 com a missão de profissionalizar o basquete da cidade. Fez mais. Além de colocar a cidade novamente no cenário nacional, transformou jovens promessas em verdadeiras estrelas da modalidade

Por Juca Miguel

O paulista Alberto Bial fez das quadras do basquete seu segundo lar. Aos 14 anos, começou a atuar como atleta. Como jogador, já defendeu Fluminense, Flamengo, Municipal e Mackenzie. Aos 30 anos, a responsabilidade aumentou passando de comandado a comandante.

Há quatro anos à frente da equipe de basquete profissional de Joinville, Bial está vivendo um dos melhores momentos de sua carreira como treinador. Em meio aos treinamentos visando à semifinal contra o Flamengo pelo Novo Basquete Brasil, o técnico se diz feliz, agradecido e identificado com a cidade. Após o treino em quadra na manhã ensolarada do último domingo (24), no Ginásio Ivan Rodrigues, Alberto Bial recebeu nossa equipe de reportagem para um bate-papo informal e sem roteiro prévio.

O convite
Eu nunca vi, em nenhuma das cidades que eu passei a preocupação com a educação que se tem em Joinville. E eu vislumbrei a possibilidade de fazer o basquete que sempre sonhei. Meus quatro anos em Joinville podem ser definidos em duas partes muito bem definidas. Quando eu vim contratado pela prefeitura municipal, eu disse: Eu gosto de fazer basquetebol não só no rendimento, porque eu não vejo nenhuma modalidade esportiva, sendo feita da maneira que a gente acha que é melhor, que não tenha o rendimento dissociado de formação, base e basquete social.

O início
Nos dois primeiros anos, realizamos uns 20 eventos de basquete de rua, que possibilitaram a massificação do esporte na cidade. Nestes dois anos, o social e a formação ainda ficaram um pouco abaixo do que a gente pretendia assim como o rendimento, mas é sempre importante o início, o primeiro passo.

Lutando por um sonho
Em 2007, quando a prefeitura resolveu acabar com a equipe de basquetebol, eu já tinha na cidade um apelo maior, já tinha conhecimento das pessoas, das empresas. Você até questionou em sua coluna: “o que que o Bial está fazendo nesta cidade, já que não tem basquete?” Eu estava correndo atrás de criar subsistência através do dr. Ricardo Roessler, que foi quem me possibilitou ficar seis meses batalhando. Então inscrevemos o time em todos os campeonatos, Sul-brasileiro, Jogos Abertos, Campeonato Catarinense e Taça SC e conquistamos os quatro títulos.

Dificuldades
A gente vinha de uma dificuldade muito grande e a Univille naquele momento me deu a possibilidade de eu sustentar durante aqueles seis meses em que muitos perguntavam o que eu ainda estava fazendo na cidade. Aí veio o milagre da mãe Abigail.

A visão social
No momento em que a campanha em prol do Lar Abigail foi divulgada na TV Globo, surgiram mais parceiros e Joinville passou a ter uma importância muito grande no cenário nacional, onde eu passei a ser identificado com Joinville, e as pessoas misturam hoje Joinville com Bial, e é muito legal. E isto nos fortaleceu.

Os resultados
No ano passado, ficamos em quarto lugar. Estamos quebrando paradigmas, conseguimos conquistar bons resultados e vivemos agora este maravilhoso momento. As grandes vitórias não ocorrem somente dentro da quadra, mas mobilizam a cidade em torno de atletas exemplares, que eles estão dando exemplo e o time tem um modelo de trabalho que está sendo útil para o futebol usar, para o vôlei e outras modalidades.

Esporte e princípios
A grande vitória pra mim é exatamente num treinamento de domingo ver famílias vindo aqui assistir. E também a possibilidade de ter em todas as escolas particulares e nas municipais escolinhas de basquete. Hoje tem muita gente jogando basquete, e isto é bom para o futuro, porque a gente pode ter não grandes jogadores, mas vamos ter pessoas com aqueles princípios que o esporte ensina.

Profissionalismo
O esporte é uma atividade que requer profissionais que tenham capacidade e conhecimento profundo em todas as áreas. E hoje a gente percebe que Joinville tem a preocupação em fazer o esporte com profissionalismo. A possibilidade de fazer esporte e educação juntos está acontecendo.

O amor por Joinville
A relação com a cidade se deu porque sou uma pessoa muito emotiva, calorosa e entendi que pela minha forma de agir, muitas famílias, muitas crianças se soltaram e entenderam que a gente não precisa ser totalmente formal e rígido para nós sermos honestos e civilizados.

Emoção e gratidão
Hoje vim para o treino cantando Roberto Carlos “Vivendo este momento lindo...”. É Lindo ver a gente vivendo este momento. Estamos na semifinal, quebrando paradigmas no basquete brasileiro, na sociedade catarinense. E eu muito cheio de gratidão e alegria no peito. Minha mulher também se adaptou muito bem a Joinville e voltou a estudar após 30 anos. Então vivo um momento especial no esporte e na vida pessoal. Por isto minha gigantesca gratidão com Joinville.

Projetos
Pretendo aplicar em Santa Catarina o projeto desenvolvido aqui em Joinville. A Fesporte me chamou e eu acertei com eles a possibilidade de trocar experiência com 150 professores do Estado. Eu vou poder fazer uma coisa que eu sempre sonhei, que é multiplicar este tipo de entendimento que eu tenho de como ensinar basquete na base. Meu sonho é ver todas as crianças de Joinville, dentro de núcleos criados na cidade, fazendo atividades lúdicas, recreativas e de formação.

Contrariedade e desabafo
O Manteguinha e o Shilton estão jogando no Brasil mostrando qualidade e referência e mesmo assim a Confederação convocou atletas que estão jogando fora do país que eu acho que são do nível igual ou abaixo dos meus jogadores, então foi um momento de impulso, de emoção e eu não posso deixar das pessoas que são leais a mim, porque foi um campeonato muito difícil e eu devo tudo a eles.

Espiga, o homem de confiança
Eu conheço ele há 13 anos e trabalhamos juntos há quase 10. Eu enxerguei no espiga a possibilidade de formar um substituto para mim. E ele foi criando uma evolução nestes quatro anos, um amadurecimento. Ele perdeu pai e mãe seguidamente no primeiro ano de Joinville, tem um casamento maravilhoso e dois lindos filhos. Eu chamei ele no começo desta temporada e pedi que ele atuasse não só como jogador, mas também como auxiliar técnico. E poucas vezes na vida uma pessoa demonstrou para comigo a lealdade que ele demonstrou, porque na hora que a coisa balança os amigos somem, e na hora que a equipe mais precisa, ele sempre está ali.

De amigo para amigo
Quando teve aquele episódio com o Cláudio Mortari, eu fiz de tudo para absolver ele, devido a esta extrema lealdade que ele tem comigo. Hoje eu vou à morte por ele. Se um cara der um tiro, é possível, como faço isto por qualquer familiar, de eu me jogar na frente para o tiro não pegar nele. Criou-se uma afinidade muito grande, não de pai para filho, mas de amigo para amigo.

O que esperar dos jogos contra o Flamengo?
Eu espero que o nosso time tenha um comportamento e uma atitude muito próxima ou até melhor do que na série contra o Limeira. O desafio é o mesmo, porque desbancamos o campeão paulista. Agora o Flamengo, hoje, joga melhor do que o campeão paulista. Nós fomos jogar lá e imagina uma torcida de futebol dentro de um ginásio pequeno com quatro mil pessoas. Eu acho que o time está preparado, mas só no passo a passo que a gente vai poder avaliar se estávamos prontos para ser campeão. Eu já ouvi muito, que chegar até a semifinal já está bom, mas nós queremos ser campeões. Nós temos todas as possibilidades de fazer uma baita série, para isto nós vamos fazer nossas ações jogo a jogo.

Mensagem ao torcedor
Esse momento de manifestação que a cidade de Joinville tem vivenciado, esta mobilização que se deu através do basquete, só foi possível porque famílias, jovens, pessoas de bem, entenderam mais rápido isto. A gente atingiu a principal célula da sociedade que é a família. E nós esperamos num futuro muito próximo que todas estas famílias de Joinville tenham no esporte a possibilidade de educar seus filhos, de terem a formação deles atreladas não só a escola, mas também ao esporte, para que a gente possa ter uma Joinville daqui a 50, 100 anos, uma cidade como já é hoje com este potencial como poucos lugares no Brasil têm, para se formar atletas.

Mauro Mariani e Carlito Merss discutem obras com financiamento do BNDES

O secretário de Estado da Infraestrutura, deputado federal Mauro Mariani, se reúne com o Prefeito de Joinville, Carlito Merss, nesta segunda-feira (25) às 11 horas na sede do poder público municipal para tratar dos ajustes finais do financiamento de R$ 40 milhões pelo BNDES para as obras de infraestrutura urbana na maior cidade do estado. Participam da reunião por parte da Prefeitura o secretário de Planejamento, Eduardo Dalbosco, o presidente do IPPUJ, Luiz Alberto e técnicos do IPPUJ, BNDES e Secretaria de Estado da Infraestrutura. Mauro Mariani quer discutir com o Prefeito quais as obras que devem ser incluídas na lista que será executada pela Secretaria de Estado em Joinville, já que algumas obras como a rotatória das universidades, estrada Anaburgo e outras, já foram concluídas ou estão em andamento. “Vamos trazer boas notícias para Joinville”, diz Mauro.

Segundo o deputado federal, a parte burocrática de garantias do Estado para a liberação dos recursos já está equacionada com o envio de uma MP à Assembléia Legislativa, que ajustou termos técnicos requisitados pelo BNDES. Falta agora definir com Carlito a forma de participação da Prefeitura com projetos ou contrapartidas. “Quero iniciar logo essas obras em Joinville, como o binário da Vila Nova, o novo acesso pela Almirante Jaceguay, a elevação da rua Minas Gerais que leva ao Morro do Meio, a pavimentação asfáltica da rua Rio do Morro, por exemplo, e ver quais outras obras são importantes para ajudar a cidade a crescer. É isso que quero discutir com o Carlito para acelerarmos os processos e lançar as licitações em no máximo 60 dias”, explica Mauro Mariani. Após a decisão da reunião de segunda-feira, Mauro vai convidar o Prefeito a irem juntos à sede do BNDES no Rio de Janeiro para acertar detalhes finais.

PT amplia liderança partidária e Dilma já ultrapassa 20% de intenção de voto

Pesquisa do instituto Vox Populi realizada entre os dias 2 e 7 de maio mostra que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já tem entre 19% e 25% de intenção de votos para a Presidência da República, caso seja candidata em 2010.

O levantamento, que ouviu duas mil pessoas em todas as regiões do país, mostra ainda que o PT continua sendo o partido de maior preferência da população. O índice, que era de 25% em maio de 2008, saltou para 29% agora. Em seguida, vêm PMDB, com 8%; e PSDB, com 7%. O DEM, ex-PFL, tem apenas 1%.

Os números mostram que 59% dos entrevistados têm muita ou alguma simpatia pelo PT. Para 70%, o PT ajuda o Brasil a cerscer.

Encomendada pelo PT, a pesquisa mostra também um quadro de ampla aprovação popular ao governo Lula. A avaliação positiva do presidente (considerando os índices de ótimo, bom e regular positivo) chega a 87%. Para 60%, o Brasil melhorou nos últimos dois anos, enquanto 67% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com o país.

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, comemorou os resultados do levantamento.

“A pesquisa mostra um quadro muito positivo, pois o PT ampliou seu percentual de preferência partidária junto à população, com atributos positivos em vários aspectos. Nosso governo está com mais de 80% de aprovação. Isso mostra o acerto da condução partidária e das medidas de enfrentamento à crise mundial”, afirmou.

Berzoini também destacou a subida de Dilma na sondagem eleitoral. "O desempenho da Ministra Dilma é consistente, levando-se em conta que boa parte da população não a conhece e não sabe ainda que Lula e o PT a apóiam. Vamos apresentar um Programa com mais avanços e novas conquistas para as eleições de 2010, para trabalhar a ampla aprovação da maioria da população ao projeto em andamento no país"
Veja abaixo os principais números da pesquisa, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais:

BRASIL
67% estão satisfeitos ou muito satisfeitos, igual a maio de 2008

27% estão insatisfeitos; 5% muito insatisfeitos

Para 60%, Brasil melhorou nos últimos anos

Para 14%, piorou

Para 56%, vai melhorar nos próximos 2 anos

Para 13%, vai piorar

PARTIDOS

Preferência

PT tem 29% da preferência partidária; alta de 4 pontos em relação a 2008 e de 10 pontos sobre 2004.

PMDB tem 8%; PSDB tem 7%; e DEM tem 1%

Eleitores sem preferência: 49%, queda de 15 pontos em relação a 2004 (64%)

Rejeição
PT tem 8% de rejeição, estável em relação a 2008

PMDB tem 5%; PSDB tem 5%; e DEM tem 3%

67% não rejeitam nenhum partido, queda de 2 pontos em relação a 2008 (69%)

Imagem
Primeiro partido que vem à cabeça: PT, 35%; PMDB, 24%; PSDB, 14%.

AVALIAÇÃO DO PT
59% têm muita ou alguma simpatia pelo PT, aumento de 12 pontos sobre 2008

81% acham o PT forte ou muito forte, aumento de 5 pontos em relação a 2008

65% consideram positiva a atuação do PT na política, aumento de 5 pontos sobre 2008

Para 70%, o PT ajuda o Brasil a crescer, aumento de 5 pontos sobre 2008

Opiniões sobre o PT
É dinâmico e trabalhador: 75%, contra 69% em 2008

É moderno, com idéias novas: 75%, contra 69% em 2008

Deve ter candidato próprio à Presidência: 68%, contra 67% em 2008

GOVERNO LULA

Desempenho do presidente

Avaliação positiva: 87% (ótimo, bom e regular positivo), contra 84% em 2008

Avaliação negativa: 13% (ruim, péssimo e regular negativo), contra 15% em 2008

Melhores ações do governo
Programas sociais, 36%; política econômica, 19%; Educação, 8%; Habitação, 7%

ELEIÇÕES

Partido do próximo presidente

Para 34%, próximo presidente deve ser do PT

Projeto de país
Para 73%, próximo presidente deve continuar com todas ou com a maioria das atuais políticas, contra 68% em 2008.

Candidato apoiado por Lula
23% votam com certeza no candidato apoiado por Lula

41% pode votar, dependendo do candidato

10% não votam

22% não levam isso em consideração

INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE, 1º turno, estimulada

Cenário 1

Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Ciro, 23%; Dilma, 21%; Aécio, 18%; Heloísa, 10%; Branco/Nulo/NS, 18%

Cenário 2

Ciro Gomes (PSB), Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Serra, 36%; Dilma, 19%; Ciro, 17%; Heloísa, 8%; Branco/Nulo/NS, 19%

Comparativo: Em relação a maio de 2008, Dilma subiu 10 pontos; Serra caiu 10 pontos; e Ciro caiu 6 pontos.

Cenário 3

Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Dilma, 25%; Aécio, 20%; Heloísa, 16%; Brancos/Nulos/NS, 40%

Cenário 4

Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Heloísa Helena (Psol)

Serra, 43%; Dilma, 22%; Heloísa, 11%; Branco/Nulo/NS, 24%

Cenário 5

Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB)

Serra, 48%; Dilma, 25%; Branco/Nulo/NS, 37%

Rejeição
Heloísa, 17%; Aécio, 13%; Serra, 12%; Dilma, 11%; Ciro, 9%.

Justiça cassa licença de trabalho de Maisa na televisão

Maisa Silva, 7 anos, está proibida pela Justiça de participar do quadro Pergunte para Maisa, no Programa Silvio Santos, a partir deste domingo. O alvará que permite que a garota trabalhe na televisão foi cassado nesta sexta-feira, 22, pela juíza auxiliar de Osasco Ana Helena Rodrigues Mellim, que aceitou o pedido feito pela promotora estadual da Infância e da Juventude de Osasco, Susana Müller.

A promotora usou o argumento de que Maisa era submetida a situações impróprias que ferem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ela também ressaltou que a participação da garota não observa o direito à liberdade e o respeito à dignidade do ser humano em desenvolvimento. Com relação ao Sábado Animado, a Justiça ainda não se manifestou.

A polêmica começou quando a menina chorou duas vezes no ar, nos dias 10 e 17 deste mês, no quadro ao lado de Silvio Santos. Em uma das ocasiões, ela chegou a bater a cabeça em uma câmera. Outros órgãos de Justiça ainda investigam a situação da menina.

Até a relação dela com os pais entrou em questão. Tanto que ontem a família da apresentadora mirim recebeu a visita de uma representante do Conselho Tutelar, na casa onde moram, em São José dos Campos, no interior do Estado. A conselheira entrevistou os pais da garota com o objetivo de saber se Maisa está sendo submetida a alguma "situação de risco". A criança não estava em casa na hora da visita. Os pais serão entrevistados novamente, agora com a presença da filha.

As informações são do Estadão

Colisão entre três veículos paralisa trânsito no Guanabara

O motorista Aurélio de Souza Costa mais dois ocupantes do veículo Gol, da Prefeitura de Araquari, passaram por um grande susto por volta das 10 horas da manhã dessa sexta-feira em Joinville. Eles trafegavam pela rua Graciosa, sentido ponte Mauro Moura, em direção ao centro, quando foram atingidos em cheio por um Corcel que vinha em sentido contrário pela mesma via e entrou na rua Nacar. Na colisão, um Fiat Uno também foi envolvido.

Apesar da violência da batida, segundo o Samu, ninguém saiu ferido. Por medida de segurança, apenas um dos caronas que estava no Gol da Prefeitura de Araquari foi imobilizado e levado para fazer exames no Hospital São José.

Esta não é a primeira vez que acidentes acontecem no local. “Esse cruzamento é muito perigoso. Toda semana acontece acidente aqui e ninguém faz nada. O que precisa aqui é de um semáforo”, dizem os moradores do local.

Julgamento de LHS é adiado mais dois dias

O julgamento do processo que pede a cassação do governador Luiz Henrique da Silveira, que seria retomado na terça-feira (26), foi adiando em mais dois dias e entrará em pauta na quinta-feira (28). A informação veio diretamente do gabinete do ministro Félix Fischer, relator de dois processos contra LHS.

Na quinta-feira, além do processo que pede a cassação do governador, outro que também pede sua inelegibilidade será analisado pelo pleno no TSE. Caso LHS perca as duas ações terá de desocupar a cadeira de Governador e não poderá concorrer ao senado, onde LHS pretendia se eleito, terminar sua carreira política.

Joinville sedia Encontro Nacional de Celíacos‏

Nos dias 23 e 24 de maio, Joinville será sede da oitava edição do Encontro Nacional das Acelbras (Associação dos Celíacos do Brasil). O evento acontece nos dias 23 e 24 de maio, no Alven Palace Hotel. As inscrições custam R$ 25,00 (incluso almoço de sábado e camiseta personalizada do encontro) e podem ser feitas pelos telefones 3026-5838 ou 3804-0307, ou pelo site www.acelbrajoinville.com.br

A Doença Celíaca é uma doença do intestino delgado caracterizada pela intolerância permanente ao glúten - proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e derivados – que acomete pessoas geneticamente predispostas. Esta doença atinge crianças, adolescentes, adultos e idosos. O único tratamento possível é a dieta sem glúten ao longo da vida.

O glúten é a proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e malte. A ingestão de alimentos com glúten pelos celíacos provoca lesão no intestino delgado, impedindo a adequada absorção dos alimentos, além de desencadear ou manter os sintomas da doença. Entre eles, diarréia crônica, desnutrição, dor abdominal, vômitos, irritabilidade. O diagnóstico pode ser feito com exames laboratoriais e confirmado por meio da biópsia do instestino delgado.

O Dia Internacional dos Celíacos – 15 de maio – foi criado entre pesquisadores de vários países como: Itália, Estados Unidos, Brasil, Uruguai, Argentina, Espanha e Canadá a fim de divulgar a Doença Celíaca, esclarecer ao público em geral e, principalmente, chamar a atenção das autoridades para a importância de criar políticas públicas.

O pesadelo da cassação: 26 de maio: o “dia D” para Luiz Henrique

Na próxima terça-feira, dia 26, o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) deverá ocupar o banco dos réus no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois de inúmeras manobras para tentar impedir o derradeiro momento, finalmente é chegada a hora. O ministro Félix Fischer, relator do processo de cassação, quer o desfecho do destino de LHS decidido na próxima semana. Para isso, encaminhou uma solicitação para que o assunto figure na pauta. Para que o julgamento fique confirmado nessa data, falta apenas a publicação no Diário Oficial da Justiça, o que deverá ocorrer nas próximas horas.

O pesadelo de LHS teve início quando a coligação Salve Santa Catarina, que apoiou Esperidião Amin (PP) nas eleições de 2006, ajuizou ação ainda na campanha que reelegeu LHS. A coligação denunciou o governador reeleito de abuso do poder político e econômico. O suposto crime eleitoral teria desequilibrado a disputa e anulado a votação.

LHS já esteve com a corda no pescoço

O governador Luiz Henrique da Silveira já esteve por um fio da cassação quando, em 14 de fevereiro de 2008, três ministros do TSE votaram favorável à perda do seu mandato. A corda afrouxou em volta do pescoço de Luiz Henrique dias depois, quando o julgamento foi anulado pelo ministro Marco Aurélio Mello, na época presidente do TSE. Marco Aurélio entendeu ser necessária a inclusão do vice-governador Leonel Pavan no processo. Os votos proferidos anteriormente foram desconsiderados.
No dia seguinte, a defesa do governador entrou com recurso contestando o despacho, alegando que a admissão do vice-governador no processo obrigatoriamente deveria ter ocorrido no início do processo.

O recurso foi apreciado pelo próprio ministro Marco Aurélio Mello, que, no dia 5 de maio de 2008, decidiu pelo arquivamento do processo. No entanto, o voto do presidente foi rejeitado por cinco votos a dois. Leonel Pavan foi ouvido e o caso levado a julgamento.

As acusações contra o governador de SC

Durante o segundo semestre de 2004 até meados de 2006, Luiz Henrique da Silveira divulgou em emissoras de rádios e TVs a campanha governamental “Santa Catarina em Ação”, que destacava obras estaduais. A oposição entendeu que a publicidade se configurou crime eleitoral e promoção pessoal.

Ainda no segundo turno das eleições de 2006, o sucessor deixado por LHS e que era seu vice na época, Eduardo Pinho Moreira, remeteu à Assembléia Legislativa, um projeto copiado das propostas de Esperidião Amin. O projeto previa a isenção do IPVA para proprietários de motocicletas de até 200 cilindradas. Amin propôs a isenção, porém, cinco dias depois, Pinho Moreira enviou projeto idêntico para apreciação dos deputados estaduais.

Diversos jornais em todo o Estado publicaram um caderno especial de avaliação da primeira gestão de LHS. Em virtude disso, a Coligação de Amin acusou o governo de ter se beneficiado de propaganda eleitoral ilegal.

Prognósticos desanimadores

O processo estava com ministro Félix Fischer, que recebeu a defesa de Pavan. Félix já rejeitou 13 recursos da defesa de LHS desde fevereiro de 2008.

Em março desse ano, o atual presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, também negou recurso enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), no qual, LHS pedia para anexar novas provas.

Carlito Merss foi avisado de irregularidades e nada fez

“A descoberta do desconto indevido do aumento antes do prazo só prova que se pode fazer o que quiser com o sistema”, afirmou o ex-secretário Nelson Álvares Trigo.

Segundo Trigo, no período em que analisava as planilhas, foram descobertas ‘certas incoerências’ que o levaram a não confiar nos dados. “Recebi duas planilhas das empresas com diferença de mais de 150 mil passageiros no mês de março. Levei essas irregularidades ao prefeito, que por sua conta resolveu aumentar as passagens”, comentou.

Trigo se mostrou decepcionado com a atitude do prefeito, que não levou em consideração a sua carta denunciando graves irregularidades no sistema de transporte coletivo. “Além de entregar a carta, eu a li ao prefeito em uma reunião com outros secretários. Fui taxativo em afirmar que não concordava com o reajuste como achava precipitado fazê-lo já”.

Segundo o ex-secretário, até a ideia de realizar uma auditoria no sistema foi descartada por Carlito. “Aventei a hipótese de uma auditoria. Era um encaminhamento que deveria ser feito, mas a ideia foi abortada”, conta.

Trigo afirmou que analisava as planilhas desde o final de janeiro e que estudou os documentos ao longo de dois meses. “Encaminhei mais alguns questionamentos às empresas que me responderam somente no último dia 26 de abril, ou seja, elas levaram quase um mês, afirmou.

Processo atropelado

“As empresas levaram 25 dias para apresentar as respostas e eu imaginei que teria mais 25 dias para fazer a análise, mas o processo foi atropelado pelo prefeito para aumentar a passagem”, disparou.

Empresas de ônibus cobraram aumento antes do prazo

Depois que o prefeito Carlito Merss (PT) negligenciou as denúncias feitas pelo ex-secretário da Infraestrutura Nelson Trigo de que os dados das planilhas das empresas não eram confiáveis, a camareira Luciane Gonçalves dos Santos, de 29 anos, resolveu fazer diferente. Desconfiada do valor descontado do seu cartão eletrônico, ela resolveu conferir.

Luciane descobriu que ela e milhares de joinvilenses foram lesados quando pagaram antecipadamente um aumento que deveria vigorar somente a partir da zero hora do dia 18 de abril.

O leitor eletrônico dos ônibus e terminais que deveria descontar R$ 2,05 acabou debitando R$ 2,30 nos dias 15 e 17 de maio. Precavida, ela anotou os valores e teve certeza do prejuízo. Caso a camareira não tivesse percebido, o fato passaria despercebido pela prefeitura - que deveria fiscalizar o sistema -, pelos usuários e pelas empresas, que depois que o caso veio à tona, admitiram o erro.

‘Falha’ pode continuar

Na última terça-feira (19), a empresa que administra o sistema de bilhetagem confirmou que, de quarta-feira (13) a domingo (17), 7.514 passagens foram cobradas com o preço reajustado (R$ 2,30, em vez de R$ 2,05), mas o número de usuários lesados deve ser maior.

Apesar de garantir que vai devolver cada R$ 0,25 cobrado antecipadamente, o ressarcimento não acontecerá de forma instantânea como no caso das cobranças indevidas. A Passebus ainda não sabe o prazo nem de que forma vai ressarcir os valores cobrados indevidamente.

Segundo o jornal A Notícia, que trouxe ampla reportagem sobre o escândalo na edição do último dia 20, a Passebus admite também que a ‘falha’ pode continuar, no caso de passageiros que compraram créditos antes de a tarifa sofrer reajuste.

De acordo com a empresa, o erro pode ter acontecido durante a troca do sistema atual para o novo, que começará a funcionar a partir de 30 de junho. A Passebus afirma também que não há indícios de que a ‘falha’ tenha acontecido em 2007.

Carlito diz que fez igual Tebaldi

Para quem acreditava que a eleição do petista Carlito Merss representaria uma fase de mudança e renovação na cidade, é melhor não alimentar muita esperança. Depois do aumento na tarifa de água e do reajuste nas passagens do transporte coletivo acima da inflação, Carlito justifica seus atos dizendo que fez “porque os outros assim faziam”.

Em entrevista concedida na manhã do dia 20 de maio, no programa “Radar 103”, da Rádio Mais FM, o prefeito Carlito Merss frustrou milhares de pessoas ao afirmar que fez ‘exatamente’ como o ex-prefeito [Tebaldi] fez pelo menos nas duas últimas vezes que aumentou. “A única coisa que, nesse caso, foi arredondado para R$ 2,30 porque desde sexta-feira foi criado o projeto que garante gratuidade para pessoas com 60 anos”, justificou.

Amnésia

O prefeito também disse não aceitar quando o cobram sobre o compromisso assumido no segundo turno das eleições com o deputado Kennedy Nunes (PP) de reduzir a passagem. “Nunca falei isso”, disse sem o menor constrangimento.

Tentando se livrar do tema espinhoso, o petista disse que a redução nas tarifas do transporte coletivo não foi o tema mais debatido na campanha e falou que o seu compromisso era apenas “tornar as planilhas transparentes”.

Para prefeito, denúncias de secretário não serviram de argumento

O prefeito Carlito Merss voltou a afirmar publicamente que não levou em consideração as graves denúncias levantadas pelo ex-secretário da Infraestrutura Nelson Trigo. Carlito confirma que recebeu a carta-denúncia de Trigo, na qual o ex-secretário dizia não confiar nos números, sugerindo a ele não dar nenhum tipo de aumento.

“Não posso utilizar um argumento desses. É uma tarifa difícil de calcular, mas como gestor público não se pode dizer que não confia e por isso que não pode”, disse o prefeito petista.

Mesmo diante das denúncias trazidas pela imprensa que demonstram total descontrole da prefeitura sobre o serviço do transporte público, Carlito afirmou: “Se tivesse algo errado na planilha, o aumento parava. Mas não tem isso. Tem que dar um elemento, não o “eu acho”, disse.

EDITORIAL: Igualzinho

O prefeito Carlito Merss continuou nesta semana sua insana cruzada para convencer o joinvilense de que agiu corretamente ao aumentar as passagens de ônibus bem acima da inflação. Na quarta-feira, 20, foi ao programa Radar 103, da Rádio Mais FM, e justificou assim sua decisão: “Fiz igualzinho ao que o ex-prefeito sempre fez”.

Aliás, fazer igualzinho parece ser o objetivo perseguido por Carlito nesses primeiros meses de mandato.

Subiu a tarifa de água, igualzinho ao ex-prefeito, mesmo tendo recebido a Cia. Águas de Joinville com R$ 40 milhões em caixa.

Passou a destratar os seus críticos, igualzinho ao ex-prefeito, dizendo, que mentiam e que as propostas cobradas por eles eram “besteira”. Torra em publicidade, igualzinho ao ex-prefeito, recursos que poderiam ser usados para subsidiar a passagem de ônibus que prometeu baixar.

Insiste em negar o que prometeu, igualzinho ao ex-prefeito, mesmo tendo afirmado no programa eleitoral do segundo turno das eleições de 2008: “Vou adotar o subsídio para baixar o preço das passagens”.
Agora, ele mesmo admite publicamente, em programa de rádio, que no caso do aumento das passagens fez igualzinho ao que o ex-prefeito sempre fez.

Desculpe, prefeito, mas não fez.Fez pior, porque foi avisado antecipadamente de que as planilhas fornecidas pelas empresas de ônibus eram inconfiáveis. O senhor ignorou, vergonhosamente, a recomendação feita pelo seu então secretário Nelson Trigo de romper com o esquema ilegal que reinava na Seinfra. O senhor foi alertado de erros gritantes nas planilhas que mostravam diferenças de até 150.000 passageiros equivalentes só no mês de março de 2009.

Fez pior porque fez consciente.

Brasil mantém tendência de redução do número de pobres

Estudo divulgado na última terça-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que, apesar da crise financeira internacional, quase 316 mil pessoas saíram da linha de pobreza no Brasil no período de outubro de 2008 a março de 2009. O dado se refere às pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo.
O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, explicou que a redução da pobreza foi registrada nas seis regiões metropolitanas brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre).

O estudo mostra que em crises anteriores, como a de 1999, o número de pobres no país foi ampliado em quase 1,9 milhão de pessoas. A pobreza aumentou mais em períodos recessivos como, por exemplo, na crise de 1982/1983, quando a quantidade de pobres cresceu quase 7,7 milhões de pessoas nas seis regiões metropolitanas.
Segundo ele, a diminuição do número de pobres em meio à atual crise se deve à adoção de uma estratégia diferente. “Antes, o governo aumentava os juros, reduzia os gastos, e o salário mínimo não crescia”, disse. Hoje, ao contrário, a elevação do valor do salário mínimo e a existência de uma rede de garantia de renda aos pobres contribuem para que a base da pirâmide social não seja a mais atingida, salienta o estudo.

Pochmann indicou que os efeitos são válidos também para o interior brasileiro, como reflexo de programas sociais, entre os quais o Bolsa Família, a aposentadoria rural e o Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social (BPC). Este é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988 e consiste no pagamento de um salário mínimo mensal a pessoas com 65 anos de idade ou mais e a pessoas com deficiência incapacitante para a vida independente e para o trabalho.

De acordo com o levantamento do Ipea, em março deste ano, a taxa de pobreza no Brasil metropolitano foi de 30,7%, mostrando queda de 28,1% em comparação ao mês de abril de 2004. Na comparação com março do ano passado, a taxa caiu 1,7%, com redução de 670 mil pessoas da condição de pobreza.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que a pesquisa confirma o desempenho mais favorável do Brasil na crise financeira internacional. Segundo ele, “os pobres não estão pagando a crise”.O preço maior está sendo pago pela indústria e pessoas físicas, disse Bernardo. Mas observou que o tamanho do problema está sendo mais distribuído.

Declaração de Carlito pode ser despreparo ou ato de má-fé, diz especialista

O arquiteto Marcos Bustamante questionou a famigerada transparência das planilhas apregoada pelo petista Carlito Merss. Segundo ele, a declaração do prefeito de que as planilhas ficaram expostas por quatro meses e ninguém apontou nada “é de causar perplexidade, pois pode demonstrar despreparo administrativo para o cargo ou má fé na condução de atos sob sua responsabilidade”, disparou.

De acordo com Bustamante, a promessa de transparência sequer foi iniciada. “Planilhas já foram anteriormente publicadas em jornal inúmeras vezes nesta cidade, com o mesmo intuito, mas na verdade, para demonstrar parecer assunto complexo, exclusivo aos tecnocratas, e inacessível à discussão comunitária”, comentou.

Segundo o arquiteto, que foi convidado pelo prefeito Wittich Freitag para implementar as melhorias no sistema de transporte coletivo, após a publicação, e durante os meses seguintes, pode-se verificar no histórico do Blog do Transporte as manifestações com análises e sugestões de diversos interessados em contribuir para um autêntico e legítimo processo democrático de debate sobre as questões do transporte de Joinville. “Nada foi retribuído pela Prefeitura”, aponta.

Para o profissional, a concessão do serviço público de transporte, no caso de Joinville, uma permissão, preserva todas as garantias, direitos e obrigações do Poder Público de gerenciar, planejar e tarifar o sistema. Isto assegura e requer de forma intransferível, especialmente ao prefeito municipal, toda iniciativa na condução e efetivação das medidas necessárias. “A decisão é única e exclusiva do prefeito e ele não pode se omitir”, disparou.

“Reconhecer a incapacidade gerencial, sem domínio das informações essenciais de controle e a inexistência de fiscalização, são motivos suficientes para impedir a justa tarifação”, disse.

Decisão suspeita

Segundo Bustamante, “aceitar base de dados suspeita é também tomar decisão suspeita. Foi-se a credibilidade, quebrou-se a confiança! Mesmas atitudes, mesma perspectiva. Agora, Joinville, é hora de redobrar a atenção a cada movimento, refletir sobre posicionamentos, definir ações, pois assim órfãos da responsabilidade pública, resta-nos a dignidade cidadã a nos orientar a esperança”, concluiu o arquiteto.

Professor Trigo: o homem que disse não às ilegalidades

O engenheiro Nelson Álvares Trigo, professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e também da Universidade da Região de Joinville (Univille), é uma das personalidades de maior respeito no meio acadêmico e político joinvilense.

Nas aulas do professor Trigo, como é chamado, os alunos aprendem bem mais do que conhecimentos técnicos. Em suas aulas, o professor ensina também aos futuros engenheiros as sólidas bases da ética. O mestre, após anos alertando seus alunos e futuros construtores, sobre os tortuosos caminhos da corrupção, das fraudes em licitações e obras, teve o dia em que ele próprio foi colocado à prova.

Como secretário da Infraestrutura, Trigo alertou o prefeito sobre as ilegalidades das planilhas, mas, na contramão do que pregava na campanha, Carlito aumentou as tarifas do transporte coletivo. Inconformado com a atitude do prefeito, que resolveu endossar o esquema existente, o professor Trigo deixou o cargo em caráter irrevogável na última quarta-feira (13).

Trigo confirma ilegalidades a estudantes

Um dos momentos mais marcantes para o professor Trigo foi ter participado da manifestação realizada pelos estudantes da Univille na última sexta-feira (15) diante de centenas de universitários.

Foi a oportunidade em que o professor Trigo demonstrou aos alunos toda a sua indignação com as irregularidades patrocinadas pela prefeitura. “Qual dessas planilhas é a verdadeira?”, bradava o professor.

O professor revelou aos alunos que as duas planilhas traziam uma disparidade gritante no número de passageiros relativo ao mês de março. “A diferença chegava a mais de 150 mil usuários”, revelou o ex-secretário.

“Como iria concordar com tamanha ilegalidade? Alertei o prefeito, mas depois de sua decisão, resolvi sair”, disparou o professor.

Milhares de estudantes protestam contra Carlito

Jovens se reúnem novamente no centro da cidade nessa segunda-feira e chegam a fechar ruas de grande movimento contra o aumento da passagem de ônibus.

Em apenas três dias, o prefeito Carlito Merss enfrentou o pior desgaste público até aqui em sua gestão. O petista vem sentindo o peso da insatisfação popular de milhares de estudantes desde a noite de sexta-feira, quando centenas de universitários deram um recado ao petista. “Cumpra com o compromisso e revogue o aumento do transporte coletivo”.

A população soltou a voz e manifestou seu desgosto. Nas duas manifestações de segunda-feira (uma na parte da manha e outra no inicio da noite) participaram estudantes das mais diferentes instituições, revoltados com a falta de consideração que o prefeito atual tem pelo povo que o colocou no poder.

A representante da Ação Social da Saúde Comunitária, Ester Pereira Alves, disparou: “Carlito prometeu não aumentar o transporte coletivo. Porém, ele traiu as pessoas que votaram nele. Ele nem sequer, soube respeitar a inflação, ele extrapolou. Temos que nos manifestar ele está do lado do capitalismo, das empresas, não do povo, do mais fraco. Cadê a Joinville de toda a sua gente?”, bradava.

Dona Ester também disse que usa ônibus todos os dias e não vê qualidade nenhuma. “Nós temos a passagem mais cara de Santa Catarina. O Carlito é um traidor”, exaltando a multidão que se aglomeravam na Praça da Bandeira, em frente ao terminal central.

O universitário Willian Luiz da Conceição afirmou que “o aumento está fora de questão, que existem várias irregularidades”, confirmando o que o professor Trigo, ex-secretário de Infraestrutura denunciou sua denuncia aos estudantes três dias antes quando discursou para os alunos na Univille.

Para o estudante Tiago de Carvalho, “a tarifa está 109,2 % acima da inflação. E aqui em Joinville, temos 40 anos de ilegalidade e indignação do povo. Mas ainda falta mobilização”.

Valdemiro de Souza, aposentado e morador do bairro Floresta, dizia que achava justo a manifestação, e acompanhou a passeata até o fim. “O Carlito devia pensar no que prometeu, tanto na água, quanto na luz”.

Vigilância interdita CEI onde morreu menina

Pouco mais de dois meses depois de ter sido o cenário da tragédia que vitimou a menina Kelly Krystin Kruger, de quatro anos, o Centro de Educação Infantil (CEI) dos Espinheiros, na zona leste, foi totalmente interditado quinta-feira (14) pela Vigilância Sanitária. A instituição apresentava várias irregularidades e mais perigo as crianças que ali freqüentavam.

O local apresentava paredes com muitas rachaduras, a fiação elétrica exposta, ferrugem e por todos os cantos. A Vigilância já havia passado no local e interditado o parque onde a menina tinha sofrido o acidente fatal, três salas de aula, lugares onde as crianças faziam sua recreação e educação física.

Segundo a fiscal Lia Renata Abreu, a Secretaria Municipal de Educação já havia sido alertada dos perigos que haviam com o mau estado do local, mas nada foi feito desde então e o CEI foi fechado. Algumas das crianças foram encaminhadas a outras instituições, e outras ficarão sem aula.

Não se tem previsão de quando as crianças poderão voltar às aulas, na verdade, não se sabe nem quando o prédio será reformado. “Mas, o certo realmente a se fazer, segundo a Vigilância e a população, é a reforma imediata”.